O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 80 milhões para a Uisa Geo Biogás construir uma unidade industrial de produção de biometano e energia elétrica a partir de resíduos de cana-de-açúcar, em Nova Olímpia (MT). O empreendimento é fruto de uma joint venture entre a biorrefinaria Uisa (que tem 49% de participação no negócio) e da Geo Biogás & Tech, empresa de biogás e hidrocarbonetos verdes derivados da cana (que detém 51%).
A planta produzirá até 11,4 milhões de metros cúbicos de biogás e 32 mil megawatt-hora de energia elétrica por ano na primeira fase de operação.
O financiamento foi aprovado no âmbito do programa Fundo Clima do BNDES e corresponde a 33% do investimento total previsto no projeto, de R$ 243,5 milhões.
Além da geração de energia elétrica, o projeto ainda permitirá a substituição do diesel fóssil pelo biometano em parte da frota de caminhões da Uisa. Estima-se que o volume total de carbono capturado pela unidade será de 9,1 milhões de toneladas, o que equivale ao plantio de 63 milhões de árvores.
A unidade está sendo construída ao lado da usina de açúcar e álcool da Uisa, que destinará seus resíduos industriais para o processo produtivo da nova planta. Como contrapartida pelo fornecimento de resíduos, a unidade enviará à biorrefinaria biofertilizantes sólidos e líquidos obtidos no processo de geração do biometano para uso nas plantações de cana.
A produção do biogás, segundo prevê o projeto, poderá ser feita independentemente do período de safra e entressafra da cana-de-açúcar. Isso porque a tecnologia utilizada será capaz de processar resíduos que podem ser estocados sem perda de matéria orgânica. A planta poderá fornecer gás de forma constante ao longo de todo o ano.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriela Brumatti)
Imagem: Shutterstock