A pandemia trouxe mudanças à vida dos brasileiros, uma delas relacionada à alimentação nacional. De acordo com dados do Euromonitor International, a venda de alimentos saudáveis ganhou força no Brasil em 2020 e atingiu a marca de R$ 100 bilhões. É a maior cifra desde 2006, ano em que o segmento começou a ser observado pela consultoria. A comercialização de alimentos saudáveis no país cresceu 11% ante 2,5% das comidas tradicionais, segundo números da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O crescimento nas vendas desse segmento é consequência da adoção de novos hábitos alimentares pelos brasileiros, que buscam produtos sem glúten, lactose e adição de açúcares, e priorizam itens com mais proteínas e fibras.
“No período de pandemia, a consciência de ‘quanto mais saudável, melhor meu corpo reage contra a doença’ fez com que as pessoas dessem mais valor a uma vida com foco no bem-estar físico e mental. Além disso, os brasileiros passaram a dar mais atenção a uma dieta balanceada, com consumo de produtos com menos açúcares e gorduras, com mais ingredientes naturais, orgânicos, veganos, etc. Também criaram e melhoraram a rotina de exercícios físicos, o que nos fez repensar o conceito de bem-estar”, explica Alexandre Cunha, CEO e cofundador da empresa Aruba Natural.
A procura dos brasileiros por uma dieta mais equilibrada também resulta no consumo de alimentos “plant-based”, ou seja, produzidos à base de plantas. De acordo com dados da organização The Good Food Institute, o setor tem previsão de movimentar entre US$ 100 bilhões e US$ 370 bilhões até 2035.
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