A plataforma de inovação Distrito acaba de divulgar sua lista anual das empresas brasileiras com maior potencial para, em algum momento, atingir uma avaliação de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão, transformando-se no que o mercado chama de unicórnio.
As primeiras 10 startups listadas pela Distrito são Alura, Cerc, Cora, Evino, Flash, Omie, Órigo Energia, PetLove, Pismo e Solfácil. O resultado mostra a liderança absoluta das fintechs (caso de Cerc, Cora, Flash, Omie e Pismo), que já é o setor com mais unicórnios no Brasil.
Das 10 candidatas a unicórnio, oito foram fundadas a partir de 2013. No ano passado, o levantamento do Distrito apresentou o tempo médio que os unicórnios brasileiros levaram para atingir o status. Eles foram divididos em duas gerações principais. No caso da primeira geração, as startups demoraram em média 6,9 anos para se tornar unicórnio. Na segunda geração, o tempo médio foi de 7,7 anos.
“A lista deste ano traz empresas mais maduras e estruturadas, mas isso não quer dizer que o desafio é pequeno. Se olharmos para o tempo médio que as startups levaram para obter o título de unicórnio, as selecionadas estão bastante aderentes. É importante ressaltar que, para isso acontecer, é necessária uma melhora significativa do humor do mercado”, diz Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.
Rodadas de investimento
As dez líderes da lista da Distrito receberam ao todo pouco mais de US$ 1,4 bilhão em 38 rodadas de investimento nos últimos anos. Mas, em meio a uma queda nos aportes em startups, a Distrito aponta que é pouco provável nascerem novos unicórnios no Brasil já em 2023. O volume de investimentos caiu de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões em 2022. Com isso, no ano passado apenas duas empresas atingiram a marca de unicórnio, as fintechs Neon e Dock, enquanto que em 2021 foram 10.
“O momento é complexo para todas as empresas de tecnologia no mundo e, no Brasil, não é diferente. Além da restrição de capital, a seletividade dos investidores ficou radicalmente maior. Assim, ao longo deste ciclo de ajuste, a probabilidade de surgirem novos unicórnios é baixa. No entanto, continuamos acreditando que o empreendedorismo, tecnologia e inovação serão os principais pilares de desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira e, portanto, em algum momento o fluxo de investimento irá retornar com força e os novos unicórnios voltarão a surgir. Importante ressaltar que ser um unicórnio é o reconhecimento por um trabalho incrível de criação de um novo negócio, e não uma meta de vaidade”, explica Gustavo Gierun.
O Distrito elaborou uma lista mais completa com as Top 50 startups que estão em um mercado de alto potencial, possuem modelos de negócio claros e validados, já receberam um montante elevado de investimento e contam com potencial para crescer e obter novos aportes que elevem seu valuation até US$ 1 bilhão, ainda com capital fechado. Juntas, essas empresas receberam quase US$ 5 bilhões em investimento.
Novamente, as fintechs lideram a lista, com 34% das Top 50. Dos 23 unicórnios atuais do Brasil, 34,8% são do setor. Em seguida, vem o setor de healthtech. O Brasil, assim como o resto da América Latina, ainda não tem nenhum unicórnio do setor de saúde. A qualquer momento, uma dessas cinco empresas pode se tornar o primeiro unicórnio healthtech não só do Brasil, mas de toda a América Latina.
Para chegar a essas candidatas, o Distrito levou em consideração fatores como tempo de captação entre as rodadas e o valor do investimento recebido, além de condições macroeconômicas, indicadores setoriais e dados qualitativos.
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Imagens: Shutterstock e Divulgação