O Brasil abriu 59.856 vagas de emprego formal em abril, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 16, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1,141 milhão de admissões e 1,081 milhão de demissões.
Esse foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014, quando foram abertas 105 mil vagas. Nos quatro primeiros meses de 2017, há ainda uma perda de 933 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 969.896 vagas.
Apenas no setor de construção civil houve aumento do desemprego em abril, com 1.760 demissões líquidas no mês.
No setor de serviços, foram abertos 24.712 postos de trabalho em abril, seguido pela agropecuária, com saldo positivo de 14.648 vagas. Na indústria de transformação foram criadas 13.689 vagas, enquanto o comércio ganhou 5.327 empregos. Na administração pública, houve criação de 2.287 postos de trabalho. Por fim, o setor de extração mineral abriu 263 vagas.
O saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal em abril se concentrou no Centro-Sul do País. A Região Sudeste registrou a abertura de 46.039 postos de trabalho no mês passado, seguido pelo Centro-Oeste, com 10.538 vagas criadas. Na Região Sul, houve um saldo positivo de 5.537 empregos. Já na Região Norte, houve um fechamento de 1.139 vagas em abril, enquanto no Nordeste o saldo foi negativo em 1.119 vagas.
Dentre os Estados, São Paulo liderou a criação de empregos no mês, com 30.227 vagas, seguido por Minas Gerais (14.818), Bahia (7.192), Goiás (7.170) e Paraná (6.742). Já Alagoas perdeu 4.008 postos de trabalho e foi a Unidade da Federação com maior fechamento de vagas, seguido por Rio Grande do Sul (3.044) e Rio de Janeiro (2.554).
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comemorou o saldo positivo vagas de emprego formal em abril. “Estamos comemorando números positivos de abril e espero comemorar essa retomada do emprego no Brasil com número positivo também em maio”, afirmou. “Esperamos que se estabeleça e se concretize essa tendência de números positivos. Quanto maior é o número de trabalhadores contratados e recebendo salários, melhor será a retomada da economia”, completou.
Segundo ele, com a Reforma Trabalhista, o número de trabalhadores contratados com carteira assinada deve aumentar. O ministro disse que o objetivo da mudança na legislação não é baratear o custo de mão de obra, mas melhorar as condições dos trabalhadores, com a garantia de direitos e segurança jurídica para os acordos coletivos.
“O empregador não pode ter medo de contratar, porque desde que ele cumpra com as suas obrigações ele não será surpreendido com decisões baseadas em outro entendimento legal”, avaliou.
Nogueira disse ainda que a terceirização é uma realidade no Brasil e no exterior. “Terceirização é fenômeno global e precisamos dar garantias para trabalhador”, concluiu.
Fonte: Estadão