A Microsoft entrou com recurso hoje contra a decisão do Reino Unido que bloqueou seu acordo de US$ 75 bilhões para a aquisição da Activision Blizzard. A informação foi confirmada por um porta-voz da empresa.
A companhia argumenta que o acordo não prejudicará a concorrência e que está comprometida em licenciar os jogos da Activision para rivais. A autoridade antitruste do Reino Unido, porém, sustenta que o acordo alteraria o mercado de jogos em nuvem e levaria a menos inovação ao mercado.
Reino Unido rejeita acordo de compra
A CMA, órgão antitruste do Reino Unido, afirma em comunicado nesta quarta-feira, 26, que rejeita o acordo da Microsoft para comprar a Activision Blizzard por US$ 75 bilhões. Em comunicado, a CMA diz que não houve solução para responder na prática a preocupações sobre o setor de games em nuvens, apontadas pelo próprio órgão em fevereiro.
O acordo entre as empresas foi anunciado em janeiro de 2022 e a CMA começou a revisá-lo em setembro daquele ano.
Em fevereiro de 2023, havia concluído provisoriamente que a fusão tornaria a Microsoft ainda mais forte no setor de jogos em nuvem, prejudicando a concorrência “neste crescente mercado”.
Para a Competition and Markets Authority (CMA) a proposta da Microsoft para responder às dúvidas do órgão não foram suficientes, por não cobrirem de modo suficiente diferentes modelos de negócios no segmento, e também por não darem abertura suficiente para provedores de outras versões de jogos em sistemas operacionais para computadores pessoais sem o uso do Windows, por exemplo. Haveria ainda uma padronização dos termos e condições disponíveis, prejudicando o dinamismo e a criatividade da competição no mercado, argumenta a autoridade britânica.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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