A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) acredita que as alterações no texto da reforma tributária são “insuficientes para impedir os impactos brutais no setor de alimentos.”
“Afinal, a reforma tributária desonera as operações de venda de produtos agropecuários, mas não alcança toda a alimentação humana. Portanto, não impede a majoração de tributos revelada por diversas entidades, como a Confederação Nacional do Comércio”, afirma a ANR em nota.
A entidade diz que ainda há falta de segurança sobre os créditos tributários que serão compensados em cada operação.
“Os restaurantes revelam maior preocupação já que poderão ter negados parte dos créditos de insumos relevantes, diante da desoneração de produtos agropecuários. Finalmente, houve menor redução do ICMS até o ano de 2032, o que também causa preocupação”, conclui a ANR.
Cesta básica
O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, reiterou nesta segunda-feira, 3, que a reforma tributária não elevará a tributação sobre a cesta básica, rebatendo um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que apontava elevação de carga tributária na ordem de 60%. Ele participa da reunião de instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselhão e explicou as mudanças no sistema tributário aos conselheiros, já que o tema deve ser votado esta semana na Câmara dos Deputados.
“Não vai acontecer”, disse, sobre o impacto de 60% sobre a cesta básica projetado pela Abras. “Não tem aumento de tributação da cesta básica, quero deixar claro”, afirmou, reiterando que a Fazenda deve divulgar cálculos com o valor preciso, considerando todas as etapas da cadeia produtiva. No final de semana, Appy já havia afirmado que a conta estava errada e desinformava sobre a reforma.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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