A Johnson & Johnson (J&J) planeja se desfazer de pelo menos 80,1% das ações em seu poder na Kenvue, sua divisão de produtos de consumo de saúde, por meio de uma oferta de troca. Executivos da empresa afirmaram na semana passada que estavam planejando tal ação, o que pesou nas ações da Kenvue. A J&J detém participação de 89,6% na Kenvue e está oferecendo a troca da maioria dessas ações por ações em circulação da Johnson.
A empresa disse que recebeu uma renúncia ao bloqueio de ações de 180 dias, com o qual havia concordado como parte da oferta pública inicial da Kenvue.
Por meio da oferta de troca planejada, os acionistas podem trocar suas ações da Johnson por ações da Kenvue com 7% de desconto. Espera-se que a oferta de troca seja isenta de imposto de renda federal dos Estados Unidos. “Acreditamos que agora é o momento certo para distribuir nossas ações da Kenvue e estamos confiantes de que uma cisão é o caminho apropriado para agregar valor aos nossos acionistas”, disse o presidente executivo da J&J, Joaquin Duato.
Processo
A gigante farmacêutica Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 18,8 milhões (aproximadamente R$ 90 mi) a um morador da Califórnia, nos Estados Unidos, que alega que o talco produzido pela marca foi o causador de um câncer raro que ele enfrenta. A decisão do júri do tribunal estadual de Oakland saiu na terça-feira, 18, segundo o portal britânico Daily Mail.
Emory Hernandez Valadez, de 24 anos, sofre de um tipo raro de mesotelioma, um tumor do tecido que reveste os pulmões, o estômago, o coração e outros órgãos. Ele afirma que a forte exposição ao talco da Johnson & Johnson a longo prazo, desde a infância, foi o que ocasionou o desenvolvimento da doença, causada pela inalação de amianto tóxico.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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