A Midway, braço financeiro do Grupo Guararapes, controlador da Riachuelo, renovou o acordo comercial com a seguradora Zurich para vender seguros através das lojas da varejista de moda, do atendimento telefônico e dos canais digitais. Os valores envolvidos não foram revelados.
Pelo modelo, a Midway vende os seguros e a Zurich faz a subscrição dos riscos. As duas empresas já operam juntas há mais de 20 anos, e agora renovaram o acordo por mais cinco. Houve uma mudança: a seguradora terá exclusividade na distribuição de produtos através do balcão da Midway, e a carteira de produtos deve aumentar.
Hoje, a Zurich vende através do acordo os seguros residencial, de bolsa protegida e conta paga. O novo acordo prevê a oferta de mais produtos neste segundo semestre: seguro prestamista no empréstimo pessoal e no parcelamento de fatura, acidentes pessoais, celular e garantia estendida.
A Midway tem hoje 2,1 milhões de apólices ativas, a maioria da parceria com a Zurich. “Quando trazemos um parceiro exclusivo, aumentamos muito as sinergias”, diz Francisco Santos, CEO da Midway. Segundo ele, a financeira tem cerca de 15 milhões de clientes aptos a fazer compras com seus cartões de crédito, o que dá uma medida da proporção do negócio.
Para a empresa da Guararapes, o ganho é de rentabilidade: a venda de seguros emitidos por um terceiro não exige capital e traz comissões, o que significa mais receita por cliente com menos exigência de reservas. Para a Zurich, o ganho é de capilaridade.
“Uma empresa como a Midway, devido a essa capilaridade, é a porta de entrada para muitos brasileiros no seguro”, afirma o diretor executivo de parcerias da seguradora. “Muitas vezes, a primeira apólice de seguro que uma pessoa compra é na Riachuelo.”
A Zurich tem mais de 23 milhões de clientes através de acordos, que incluem bancos, financeiras, varejistas e empresas de telecom. Segundo Reis, são mais de 100 parceiros, sendo que a Midway é um dos principais, além de ter sido o primeiro.
Santos afirma que o objetivo das duas empresas é dobrar o tamanho do negócio nos próximos anos. “Temos um balcão muito forte, somos referência para muitos clientes no varejo. Ter um parceiro exclusivo talvez fosse o último passo que tínhamos que dar para destravar o valor do negócio”, diz ele.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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