O comércio na Grande São Paulo pode deixar de arrecadar até R$ 55 milhões devido à paralisação dos trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp nesta terça-feira, 03. A estimativa do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
O prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores.
“Com a restrição da circulação causada pela paralisação ficam prejudicados o que chamamos de consumos imediato e por impulso, que são os mais afetados quando há esses tipos de limitações no fluxo de clientes”, afirma Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
Contra as privatizações
As paralisações são contra as privatizações do transporte público e do serviço de saneamento em São Paulo.
Segundo o balanço apresentado pelo governo do Estado, as linhas 1,2,3 e 15, operadas pelo metrô amanheceram completamente paralisadas. Funcionam apenas as linhas 4 e 5, concedidas à inciativa privada. No caso da CPTM, estavam totalmente paradas três das cinco linhas. Operam parcialmente as linhas de trens 7 e 11, mas nenhuma faz o trajeto completo e têm intervalos maiores de espera. As linhas 8 e 9, também privatizadas, mantiveram operação.
Os ônibus municipais e intermunicipais operam com 100% da frota. Na capital, a SPTrans ampliou os itinerários de cerca de 20 linhas para que os passageiros consigam chegar mais perto de locais com maior concentração de comércio e serviços.