O trabalhador brasileiro gasta, em média, R$ 46,60 para almoçar fora de casa, uma refeição completa, com prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café. Segundo a pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, realizada pela Mosaiclab, esse valor é 14,7% superior ao registrado no ano passado, quando o levantamento foi realizado entre fevereiro e abril.
Isso significa que para se alimentar com uma refeição completa na hora do almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente ou o equivalente a 35% do salário médio, de R$ 2.921.
A região Sudeste é a que apresenta o preço médio mais elevado do País, de R$ 49,33. Três capitais se destacam com os preços mais altos: Florianópolis: R$ 56,11; Rio de Janeiro: R$ 53,90 e São Paulo com o preço médio de R$ 53,12.
Entre os fatores que contribuíram para o aumento de preços na pesquisa deste ano estão os aumentos dos preços da gasolina, do gás de cozinha e da energia elétrica.
“Os estabelecimentos fazem um grande esforço para não elevar o valor da refeição, para manter e atrair consumidores. Mas sofrem diretamente os impactos dos reajustes dos preços públicos, como combustível e energia elétrica”, afirma Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab.
Contrera destaca que o cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços, já que o retorno ao trabalho presencial elevou os aluguéis comerciais e os custos para as empresas do setor.
”A volta aos escritórios e o retorno do atendimento presencial, que envolvem manutenção do espaço físico, recontratação de profissionais para o atendimento e até ações de marketing, exigiram novos investimentos por parte dos estabelecimentos”, avalia.
Pós-pandemia
A pesquisa mostra o percentual de estabelecimentos que oferecem o sistema de delivery, que era de 41% em 2019, passou a 60% em 2022 e em 2023 está em 44%, pouco acima dos níveis pré-pandemia.
Outra tendência apontada pelo estudo Crest/ Mosaiclab com consumidores de refeições fora do lar é o aumento do consumo nos dias úteis na hora do almoço nos estabelecimentos recuperando o espaço perdido ao longo da pandemia.
Em 2019, por exemplo, 74% dos consumidores realizavam as suas refeições nos estabelecimentos, percentual que caiu para 50% em 2021 na média brasileira e agora começa a se recuperar subindo para 61%.
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