A Americanas optou por não fazer revisão dos balanços anteriores a 2021. “Quanto mais para trás for a revisão, mais difícil corrigirmos”, disse Camille Faria, diretora financeira da companhia, em teleconferência nesta quinta-feira, 16.
A empresa optou por contabilizar os efeitos todos em 2021. Camille Faria disse que a abstenção de opinião do auditor nos números revisados se deve ao fato de a Americanas estar em recuperação judicial.
Pela lei, a opinião do auditor só vem quando for aprovado o plano de recuperação judicial.
Com a publicação dos dados revisados, Camille dww
O CEO da Americanas, Leonardo Coelho, disse o grupo tem buscado com fintechs e bancos opções de funding específicas para a fintech Ame, mas que este ainda é um projeto muito inicial.
Enquanto estiver na recuperação judicial, a captação de recursos pelo grupo vai ter taxas mais altas.
Na recuperação judicial, Camille Faria disse que tem garantia de funding nos próximos anos por meio dos recebíveis performados.
Dívidas
Americanas divulgou ao mercado seu plano estratégico de negócios com previsão de geração de Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões (ou mais de R$ 1,5 bilhão depois do pagamento de aluguéis) em 2025 nesta segunda-feira, 13.
Após sofrer fraude de resultados praticada pela antiga diretoria, a companhia tem centrado esforços na continuidade do negócio, que ganhará fôlego a partir do aumento de capital de R$ 12 bilhões que será realizado pelos acionistas de referência e capitalização de dívida concursal por parte dos credores também no valor de R$ 12 bilhões, assim como com a aprovação do plano de recuperação judicial pelos credores.
Com informações de Estadão Conteúdo (Altamiro Silva Junior, Matheus Piovesana e Cynthia Decloedt)
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