O ano para o varejo começa com desafios e projeções de recuo. As vendas estimadas para o setor mostram trajetória de queda no primeiro trimestre de 2024, segundo o indicador do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar) e da FIA Business School.
No conceito restrito, a queda estimada é de 0,2%. O varejo restrito engloba os segmentos de combustíveis e lubrificantes; supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; vestuário, calçados e tecidos; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e cosméticos; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Quando são incluídos todos os segmentos – todos aqueles pertencentes ao varejo restrito mais veículos e motos, partes e peças e de material de construção -, o recuo é mais pronunciado e chega a 2%.
Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, “há um efeito negativo espalhado no varejo. Dos 13 segmentos avaliados, 8 mostram queda das vendas no primeiro trimestre de 2024”.
No segmento de livros e papelaria, a queda prevista é de 10,4%, a mais alta entre os 13 avaliados. Vestuário e tecidos devem recuar 7,4%, móveis e eletrodomésticos devem ter queda de 6,8%, artigos de uso pessoal, queda de 4.9% e no, segmento de veículos, é prevista queda nas vendas de 3,8%. Material de construção apresenta o menor indicador de queda, estimado em 0,7%.
Para os segmentos de material de escritório, combustíveis e alimentos e bebidas, registrou-se estabilidade. As taxas de crescimento foram identificadas apenas para os segmentos de hipermercados e supermercados, com aumento previsto de 1,5% e artigos farmacêuticos, de 0,6%.
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