A Starbucks norte-americana, uma das maiores redes de cafeterias do mundo, pretende ampliar suas vendas no exterior mirando o mercado asiático, onde pretende abrir mil lojas na Índia até 2028. A empresa espera também duplicar sua força de trabalho no país para cerca de 8,6 mil funcionários.
Atualmente, a rede tem cerca de 390 lojas em 54 cidades na quinta maior economia do mundo, por meio de uma joint venture com o parceiro local Tata Starbucks.
As lojas que operam hoje na Índia estão concentradas principalmente em grandes cidades. Sob a nova estratégia de expansão, a companhia deve ampliar sua presença em cidades de médio porte.
“Ao longo dos últimos 11 anos, o mercado indiano aumentou e se tornou um dos mercados de crescimento mais rápido da Starbucks no mundo”, disse o CEO Laxman Narasimhan. “Com uma classe média em crescimento, temos orgulho de ajudar a cultivar a cultura do café, ao mesmo tempo que honramos sua rica herança.”
Nos últimos anos, a estratégia internacional se concentrou principalmente na China, que se tornou seu segundo maior mercado. Até 1º de outubro, a empresa tinha pouco mais de 6,8 mil lojas no país asiático.
Embora Narasimhan ainda esteja “realmente otimista” em relação à China, como ele disse em entrevista ao Barron’s, ele prevê que a gigante do café se torne um player ainda maior em outros mercados internacionais.
A empresa pretende operar 55 mil lojas em todo o mundo até 2030, um aumento de quase 50% em relação ao número atual. A maioria das novas lojas que a Starbucks planeja abrir está fora da América do Norte, afirmou a empresa em novembro, com foco no Sudeste Asiático e na América Latina.
Crise no Brasil
No Brasil, a Starbucks, operada pela SouthRock Capital, está em recuperação judicial. Clientes e ex-colaboradores questionaram, no ano passado, a falta de mercadorias para o preparo de bebidas devido às dívidas com fornecedores, além de aluguel, contas de energia, IPTU e internet.
Funcionários foram demitidos no mesmo dia em que a empresa entrou na Justiça com o pedido de recuperação judicial. Sem pagar aos funcionários o acordo de rescisão, a operadora alegou em nota que estaria impedida legalmente de realizar quaisquer pagamentos a credores. Lojas da Starbucks fecharam e a inauguração de novas unidades foi suspensa.
Em dezembro, o programa de benefícios foi cancelado no Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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