O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse estar otimista sobre o processo de recuperação judicial da Gol. A expectativa do ministro é que a companhia saia dele “muito maior”. “Estou muito confiante de que esse processo da Gol vai permitir que ela funcione bem e comece a apresentar resultados significativos para a população brasileira”, comentou nesta segunda-feira, 25, à imprensa.
Costa Filho disse ainda que outras companhias, como Delta, American Airlines e Latam, também enfrentarem recuperações judiciais e “hoje estão muito maiores do que estavam lá atrás”.
As falas do ministro sobre a Gol ocorreram em meio à expectativa pelo lançamento de uma linha de crédito para as aéreas.
Ao longo dos últimos meses, Silvio Costa Filho apresentou diferentes prazos para a apresentação do projeto. No entanto, garantiu nesta terça que espera ter “avanços significativos” na pauta ao longo do mês de abril.
O plano vem sendo desenvolvido pelo ministério de Portos e Aeroportos em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em 25 de janeiro, a Gol entrou com um pedido voluntário de recuperação judicial no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, num processo conhecido como Chapter 11, para dar início a sua reestruturação financeira. Em setembro do ano passado, a dívida bruta da companhia era de R$ 20,227 bilhões.
Em comunicado lançado na época, a Gol afirmou que utilizará o processo para “reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo.”
Pedido de recuperação judicial
A Gol anunciou em 25 de janeiro, que entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, em um processo conhecido como Chapter 11. O objetivo é reestruturar as dívidas da empresa.
Segundo a companhia, o processo legal nos EUA tem início com um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade “debtor in possession” (DIP) por membros do Grupo Ad Hoc de bondholders (detentores de títulos de dívida) da Abra, sua controladora, e outros credores.
Com informações de Estadão Conteúdo(Elisa Calmon).
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