Após seis meses consecutivos de alta, o consumo de médio prazo dos lares na cidade de São Paulo registrou uma queda de 1,7%, atingindo o patamar de outubro do ano passado, de acordo com dados do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF). No entanto, o indicador aponta uma tendência muito maior de ir às compras no futuro próximo do que o contexto de março de 2023, quando o ICF estava na casa dos 101 pontos, representando uma alta de 10,4%.
Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), essa queda era esperada, uma vez que, em fevereiro, o ICF atingiu a pontuação mais alta em uma década, registrando 114,3 pontos. A curva ainda ascendente é reflexo, na leitura da Entidade, de fatores que têm marcado a economia brasileira, como um mercado de trabalho aquecido, as sucessivas reduções na taxa básica de juros (Selic) e a desaceleração da inflação.
O item Momento para Duráveis, que mede a intenção das famílias em comprar esse tipo de produto no médio prazo, registrou uma queda de 2,4%, mas em comparação com o desempenho de março de 2023, cresceu mais de um terço (35,5%). O mesmo acontece com o item Nível de Consumo Atual, que apresentou uma retração de 3,2% em relação a fevereiro, mas aumentou 16,5% no comparativo anual.
Consumidores menos otimistas
Foi observado o mesmo movimento no Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mede o otimismo do consumidor paulistano em relação ao cenário econômico. Após atingir o patamar mais alto em meia década, o ICC caiu 4,1% em março, na comparação com fevereiro — embora também permaneça em alta relevante (4%) em relação ao mesmo mês de 2023.
Ao contrário do ICF, os dois itens que integram o indicador caíram na comparação mensal, mas apenas um deles cresceu na análise anual. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mensura a situação atual dos consumidores em São Paulo, reduziu em 4,7% em relação a fevereiro, mas aumentou 19,8% em comparação com março do ano passado. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) recuou nas duas comparações: 3,8%, no mensal, e 3,2%, no anual.
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