Segundo levantamento da FecomercioSP, crescimento do PIB no primeiro trimestre, dados positivos no mercado de trabalho, além da queda nos juros e inflação sob controle motivaram alta no período
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) voltou a crescer em julho, com alta de 2,2%, ao passar de 91 pontos em junho para 93 pontos no mês atual. Na comparação com o mesmo mês de 2016, houve expressiva elevação de 19,6%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O cenário econômico atual se mostra mais favorável do que era há um ano, com números positivos no mercado de trabalho formal, retomada gradual da atividade industrial, declínio dos juros e da inflação,crescimento do PIB no primeiro trimestre, após oito trimestres consecutivos de queda, entre outros fatores que promovem um aumento na propensão dos empresários a investir.
O bom desempenho no mês foi motivado, principalmente, pelo crescimento da expectativa para contratação de funcionários, que passou dos 109,9 pontos em junho para 112,7 pontos em julho, alta de 2,6%. Na comparação com julho de 2016, quando o indicador marcou 95,5 pontos, o crescimento foi de 18%. A evolução do nível de investimento das empresas também foi preponderante para a alta do IEC em julho, passando dos 72,2 pontos em junho para 73,3 pontos no mês atual, crescimento de 1,6%. Já no contraponto anual, quando o nível de investimento estava em 60,1 pontos, a alta foi de 22,1%.
Para a Entidade, a aprovação das reformas trabalhista, previdenciária e tributária é determinante para aumentar ainda mais a propensão dos empresários a investir e a contratar. Essas reformas e ajustes (aprovados ou em vias de aprovação) geram um ambiente mais propício para o efetivo crescimento dos investimentos, ao menos no médio prazo.
O Índice de Expansão do Comércio da região metropolitana de São Paulo é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas.