Os gastos com alimentação fora do lar cresceram 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A porcentagem vem após uma redução de patamar em comparação ao último mês. Os dados são do Índice de Desempenho Foodservice (IDF), pesquisa realizada mensalmente pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB) e que apresenta os resultados de abril de 2024 nas suas 19 redes associadas.
Quando ajustado pela inflação (deflacionado pelo IPCA), o crescimento real também se mostrou positivo, alcançando 2,9%. Esse desempenho reflete o aumento acumulado nos primeiros meses deste ano, em que atingiu 10,9% nas vendas totais e 6,5% nas vendas reais, considerando o período de janeiro a abril de 2024.
A participação do canal delivery permaneceu em um patamar próximo ao do mês de março e representou 21,9% do total das transações. As vendas nos centros comerciais e lojas de rua também mostraram crescimento em abril, registrando 3,8% e 11,1%, respectivamente. Da mesma forma, o número de quiosques obteve aumento de 2,3% na comparação anual.
O ticket médio de gastos apresentou um aumento de 1,3%, subindo de R$ 40,10 em abril de 2023 para R$ 40,60 em abril de 2024. Este incremento, embora pareça modesto, é significativo, considerando o contexto inflacionário. Além disso, o número de transações totais aumentou 4,3%, demonstrando uma recuperação no volume de vendas e no fluxo de clientes, embora ainda esteja abaixo dos 8% registrados nos dois meses anteriores.
A inflação acumulada dos últimos 12 meses para os associados do IFB foi de 5,1% em abril de 2024, uma queda em relação aos 8,4% registrados em abril de 2023. Essa redução contribuiu para a manutenção do poder de compra dos consumidores, favorecendo o desempenho do setor.
“As oscilações observadas são comuns e fazem parte da curva histórica do foodservice no Brasil e, mesmo nesse cenário, as redes analisadas apresentaram um crescimento maior que a média do mercado. O IFB continuará monitorando de perto esses indicadores, apoiando seus associados em prol do crescimento sustentável do setor”, explicou Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB.
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