Casa do Pão de Queijo entra com pedido de recuperação judicial

De acordo com as informações públicas do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o valor da ação é de R$ R$ 57.496.189,82

A rede de franquias Casa do Pão de Queijo entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Região Administrativa Judiciária (1ª RAJ), com sede em São Paulo. De acordo com as informações públicas do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o valor da ação é de R$ R$ 57.496.189,82.

Segundo comunicado emitido para a imprensa, a rede informou que, após experimentar “sólido crescimento  e ampla expansão”, a companhia “foi fortemente impactada pela pandemia de covid-19, que obrigou a suspensão de atividades por razões sanitárias com a consequente perda de produtos, sem suficiente contrapartida em termos de aluguéis de lojas, pagamento de funcionários e contratos com fornecedores”.

Ainda de acordo com o comunicado, contribuíram para a piora da situação o “cenário macroeconômico pouco favorável, em especial, com os juros altos que afetaram não apenas a companhia, mas também vários setores da economia, notadamente o varejo”, e os recentes episódios climáticos desfavoráveis que “implicaram perda de receitas relevantes, o que levou a Casa do Pão de Queijo a entrar com um pedido de Recuperação Judicial”.

A companhia acredita que este caminho possibilitará negociar uma solução para a situação financeira atual e à direção da empresa honrar todos os seus compromissos.

“As operações da companhia devem continuar normalmente na fábrica, nas lojas próprias e nas franquias, que, inclusive, devem abrir novos pontos de venda. Também estão previstos lançamentos de produtos no final do ano, como de costume”, declara a empresa em comunicado.

Onda de recuperação judicial 

Mesmo com a melhora nos índices de emprego, salários e na confiança do consumidor, o cenário pós-pandemia ainda impacta negativamente varejista de diferentes segmentos. Com dívidas crescentes, empresas têm recorrido à recuperação judicial para se reestruturar financeiramente.

Dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian apontam que em janeiro deste ano foram realizados 149 pedidos de recuperação judicial no País. Crises em empresas de grande porte afetam a economia de diversas formas, como demissões em massa, o que gera aumento no desemprego.

Érico Olivieri, advogado e especialista em processos do trabalho, avalia que crises como esta contribuem para o aumento de trabalhadores disponíveis, proporcionando às empresas maior poder de negociação de cargos e salários. “Tal situação é prejudicial como um todo, pois salários e benefícios tendem a ficar menores, e a insegurança na manutenção dos empregos pode levar a uma maior carga de ansiedade entre os trabalhadores, prejudicando seu bem-estar no desempenho das funções”, explica.

Colaborou Felipe Mario, repórter da MERCADO&CONSUMO.
Imagem: Divulgação

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