Resultado divulgado pelo IBGE veio em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro
Após três meses apresentando resultados positivos na comparação com o mês imediatamente anterior, em julho o volume de vendas manteve o patamar de junho e registrou variação nula (0,0%). O resultado veio em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro (zero), calculada com base no intervalo de previsões dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,90% a alta de 0,60%.
Na comparação com julho de 2016, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,1% em julho de 2017, também em linha com a mediana das estimativas. Nesse confronto, as projeções iam de uma expansão de 2,10% a 4,00%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 0,3% no ano e queda de 2,3% em 12 meses.
A explicação para esse resultado é o fato de várias atividades terem repetido o volume de vendas do mês anterior, o que não ocorreu com hipermercados – setor que obteve variação positiva (0,7%), após um recuo de 0,3% em junho.
Segundo Isabella Nunes, pesquisadora do IBGE, a liberação das contas inativas do FGTS, o maior controle da inflação e uma massa salarial positiva são fatores que impactaram positivamente nas vendas de hipermercado: “É uma atividade que tem muito peso no orçamento das famílias, em especial nas de renda mais baixa. Quem está em uma situação limite e tem um aumento de renda, vai comprar mais alimentos”.
Fonte: Estado de S.Paulo