A Unilever anunciou esta semana a aquisição da empresa de produtos naturais e orgânicos Mãe Terra.
A companhia, que tem sede em Osasco (SP), será usada como a plataforma da multinacional anglo-holandesa para crescer no segmento de produtos saudáveis no País, que vê possibilidade de internacionalizar a marca.
Considerada um negócio de médio porte, a Mãe Terra vem crescendo 30% ao ano, segundo Borges, e tem 300 funcionários. Espera-se que a distribuição da Mãe Terra dobre já no curto prazo, pois a marca poderá usar o poder de barganha da Unilever com o varejo.
Fundada em 1979, a Mãe Terra, havia sido adquirida há dez anos pelo empresário Alexandre Borges (ex-sócio da Flores Online e da agência de comunicação Significa), ao lado de outros sócios. Neste período, a companhia ampliou seu portfólio, que hoje tem 120 produtos, e ampliou sua distribuição para todo o Brasil.
A meta é que a Mãe Terra se torne um braço da Unilever, mas que mantenha certa independência em sua gestão, como ocorre com outros rótulos do portfólio global da Unilever, como a Ben & Jerry’s, de sorvetes. Entretanto, a marca não será um rótulo de nicho – a ideia é levar o conceito de alimentação saudável a um público mais amplo.
Entre as principais linhas de produtos da Mãe Terra estão os biscoitos doces e salgados, misturas de castanhas prontas para o consumo e também ingredientes para a cozinha, como aveia e tapioca. Alguns produtos da marca têm parceria com a chef Bela Gil.
Setor
Citando dados da Euromonitor, a Unilever diz que o mercado de orgânicos movimenta cerca de ¤ 8 bilhões ao ano no País. Porém, a mesma consultoria mostra que o segmento ainda é pouco desenvolvido por aqui: em bebidas orgânicas, por exemplo, o Brasil ainda ocupa a 25.ª posição no ranking global.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.