A Boeing planeja congelar contratações, reduzir viagens e está considerando demissões temporárias para economizar dinheiro durante a greve dos trabalhadores da fábrica que começou na semana passada, informou a empresa aos funcionários nesta segunda-feira, 16.
A empresa disse que as medidas, que incluem a redução de gastos com fornecedores, são necessárias porque “nosso negócio está em um período difícil”.
A duração da greve será o principal fator de risco para a liquidez da Boeing, dizem os analistas do UBS em uma nota de pesquisa.
O UBS vê um efeito de fluxo de caixa livre de até US$ 8 bilhões em três cenários de duração da greve: uma greve de algumas semanas com um efeito mínimo, uma greve de um a dois meses resultando em um efeito de US$ 4 bilhões e uma greve até o final do ano resultando em US$ 8 bilhões.
Trabalhadores rejeitam proposta de reajuste
Funcionários da Boeing votaram e aprovaram na última quinta-feira, 12, a greve e rejeição de contrato com a empresa que agora sofre outro revés. Com a reputação e finanças abaladas, a empresa enfrenta agora a uma paralisação na produção de seus aviões de maior sucesso.
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais disse que 94,6% dos trabalhadores votantes rejeitaram o contrato, que aumentaria os salários em 25% ao longo de quatro anos, e 96% aprovaram a greve – superando facilmente o requisito de dois terços.
A greve de 33.000 maquinistas estava marcada para começar um minuto depois da meia-noite de sexta-feira, 13. “Isto é sobre respeito, isto é sobre o passado e isto é sobre lutar pelo nosso futuro. Voltaremos à mesa sempre que pudermos chegar lá para impulsionar as questões que nossos membros dizem ser importantes”, disse o presidente do Distrito 751 do IAM, Jon Holden, ao anunciar os resultados da votação.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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