O CEO da Hugo Boss, Daniel Grieder, comprou uma participação avaliada em quase 1 milhão de euros na famosa empresa alemã de roupas, o que fez as ações subirem na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha. A Hugo Boss disse que Grieder comprou, no total, 27 mil ações a um preço médio de cerca de 36,40 euros cada, totalizando 982.925,52 euros.
A recuperação dos papéis da marca acontece depois de um declínio registrado nos últimos meses, enquanto a empresa lida com uma desaceleração na demanda por bens de luxo – especialmente na China, por conta de problemas econômicos na potência econômica – e os desafios por conta dos planos de recuperação das marcas Hugo e Boss, que pertencem ao grupo.
Redução de metas
Em julho, a Hugo Boss reduziu as projeções de vendas para o ano inteiro de 2024, frente à redução nos gastos dos consumidores com artigos de luxo, citando Reino Unido e China como mercados onde as condições são particularmente desafiadoras. O anúncio desencadeou queda nas ações.
No cenário revisado, a Hugo Boss agora espera vendas de 4,2 bilhões a 4,35 bilhões de euros (US$ 4,58 bilhões a US$ 4,74 bilhões), representando um crescimento de 1% a 4% em moeda constante. Anteriormente, a empresa havia orientado a receita para 2024 entre 4,30 bilhões de euros e 4,45 bilhões de euros.
A expectativa da varejista de luxo é de que o lucro antes de juros e impostos para o ano inteiro seja de 350 milhões a 430 milhões de euros, em comparação com as expectativas anteriores de 430 milhões a 475 milhões de euros.
Crise no varejo de luxo
A Hugo Boss não foi a única marca de alta qualidade que viu suas ações caírem após um segundo trimestre fraco. As ações das principais empresas europeias de moda e luxo de alta qualidade foram atingidas em julho.
A Burberry Group anunciou a troca de CEO da empresa e suspendeu dividendos após desempenho fraco. As ações despencaram na Bolsa de Londres e refletiu na performance de outras outras varejistas de luxo europeias, como as francesas Kering e LVMH.
A rede de varejo americana Macy’s, famosa rede americana de lojas de departamento, enfrenta problemas e decidiu encerrar as discussões com a Arkhouse Management e a Brigade Capital Management sobre possível compra da companhia, citando a falta de uma proposta concreta com financiamento garantido e a um valor atraente.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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