O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira, 28, o novo Portal Único do Comércio Exterior que, lembrou, pode gerar uma economia anual de R$ 40 bilhões para os operadores privados.
A migração definitiva das operações brasileiras de importação para esse portal teve início em outubro. O programa já processa 100% das exportações brasileiras e contemplará também todas as importações ao final do processo iniciado agora.
“Já implantamos portal único para comércio exterior e temos a licença flex”, pontuou Alckmin no 7º Fórum Brasil de Investimentos, que acontece em São Paulo.
O vice-presidente também comemorou a parceria anunciada hoje com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma declaração foi assinada com a pasta comandada por ele para simplificar e desburocratizar o processo regulatório para investimentos no Brasil.
“Vamos correr para a Camex implementar isso o mais rápido possível. O investidor no Brasil tem todas as informações, vai ganhar tempo, desburocratiza. Isso poder atrair investimento e facilitar vida do investidor”, afirmou Alckmin.
Ele também mencionou as “inúmeras oportunidades” que a transição ecológica gera para a economia brasileira, destacando a recente sanção da lei do combustível do futuro. “Vai impulsionar a descarbonização, nosso etanol. E lembrando que o projeto de lei combustível do futuro tem zero de subsídio”, disse.
Era trilionária
Também nesta segunda-feira, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, comentou os resultados da economia brasileira e disse que o Brasil está ingressando na “era trilionária”, citando dados de investimentos e fluxo comercial na abertura do fórum realizado pela agência em São Paulo.
Ele destacou que os investimentos acumulados no País estão chegando a US$ 1 trilhão, enquanto o fluxo de trocas de bens e serviços com o resto do mundo está superando US$ 800 bilhões e deve também passar de US$ 1 trilhão até 2026.
Viana pontuou que o fluxo de investimentos será forte se o Brasil conseguir recuperar o grau de investimento das agências de classificação de risco, uma vez que grandes fundos não colocam dinheiro em economias sem o selo de bom pagador.
Informou também que já falou com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o fórum anual da agência aconteça em Nova York no ano que vem, para apresentar a investidores estrangeiros o trabalho dos setores econômicos brasileiros.
Com informações de Estadão Conteúdo (Amanda Pupo, Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna)
Imagem: Reprodução