O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Giancarlo Greco, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o Pix por aproximação deve ter impacto sobre os cartões de débito. No crédito, ele vê um impacto baixo mesmo nos cartões sem anuidade, que não têm benefícios como os programas de fidelidade. O presidente falou durante a coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano
“Eu acredito que deve ter um impacto, principalmente no cartão de débito. O crédito, em função de todos os benefícios da proposta de valor, deve continuar tendo um crescimento forte”, afirmou ele, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano.
Greco disse que mesmo no caso dos cartões de crédito sem anuidade, esse impacto deve ser reduzido. “Além dos benefícios, você tem um componente importante, o cartão de crédito tem um limite estabelecido”, afirmou ele.
O Pix por aproximação terá oferta obrigatória em fevereiro do ano que vem, mas pelo menos três instituições – Itaú Unibanco, C6 Bank e PicPay – começaram a oferecê-lo neste ano, inclusive através do Google Pay, a carteira digital do Google inserida em dispositivos Android.
Pagamentos por aproximação com cartões
O pagamento por aproximação utilizando cartões chegou a R$ 376 bilhões em volume financeiro no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Abecs.
O maior crescimento foi no crédito, com alta de 50%, seguido pelo débito, com crescimento de 49,1%. A aproximação respondeu por 65% das compras presenciais com cartões no período, contra 52,3% um ano antes.
“Existem ainda alguns cartões físicos no mercado que não têm a funcionalidade da aproximação. Imagino que se tivéssemos a informação dos cartões que têm a funcionalidade mas não são acionados, esse número poderia ser ainda maior”, disse o presidente da Abecs.
Os dados da entidade mostram que a maior parte das compras por aproximação, 73%, ainda usam o plástico. Esse meio, no entanto, perdeu 8 pontos porcentuais de participação em um ano. Essa participação migrou para o telefone celular quase que integralmente. De 26% dos pagamentos por aproximação, os dispositivos passaram a responder por 32% do total.
A Abecs também informou que as compras não presenciais com cartões subiram 15,8% em um ano, para R$ 246 bilhões.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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