A plataforma Enjoei tem um plano ambicioso para o varejo físico: abrir 300 novas unidades até 2027, uma média de 100 lojas por ano, além das três inauguradas em 2024. Para colocar sua meta em prática, a companhia, que começou vendendo itens usados pelo e-commerce, escolheu o modelo de franquia para concretizar o projeto de expansão.
Inicialmente, o foco está direcionado para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Até o momento, três unidades estão em funcionamento. A primeira delas foi inaugurada na Vila Madalena, em abril deste ano, e atingiu faturamento superior ao previsto, segundo a Enjoei.
Segundo o Grupo Enjoei, a expansão para o varejo físico faz parte da estratégia de ampliar sua presença no mercado. Em 2023, o Grupo expandiu sua participação no mundo virtual com a aquisição do Elo7, plataforma de produtos personalizados para todo tipo de festa, e nos espaços físicos por meio da compra de 25% de participação no Cresci e Perdi, rede de franquias de produtos infantis usados, com direito a compra total em 2027.
Somente a plataforma conta com mais de um milhão de compradores e um milhão de vendedores ativos. Em 2023, superou a casa do R$1 bilhão em vendas e, neste ano, levou a marca do online para o físico.
Modelo de franquia
O modelo de franquia foi desenhado para lojas de rua de 200 m² a 300 m², comportando de 8 a 12 funcionários e investimento inicial a partir de R$ 650 mil.
De acordo com a companhia, o modelo se destaca pela gestão de estoque diferenciada que, além de outras tecnologias, utilizará uma plataforma própria de precificação elaborada a partir de uma base de dados criada pela própria Enjoei, com informações acumuladas ao longo de 15 anos no mercado, viabilizando uma operação estratégica para o franqueado. As lojas físicas seguirão o conceito de economia circular e sustentabilidade, com curadoria de peças únicas e diversificadas.
O processo de compra e venda das lojas é simples e ágil, tanto para o franqueado, quanto para o consumidor: as pessoas que desejam vender itens usados em bom estado de conservação agendam a triagem de suas peças online, as quais serão avaliadas pela equipe da loja em horário marcado. A precificação com base em inteligência de dados garante preços justos e competitivos. Já o pagamento é realizado na hora, via PIX ou em créditos que poderão ser usados na própria loja.
De acordo com Joel Queiroz Júnior, COO do Grupo Enjoei, a iniciativa surge em um momento em que o hábito de comprar e vender produtos de segunda mão cresce exponencialmente no Brasil e no mundo. “Em parceria com o BCG (Boston Consulting Group), fizemos um estudo para entender os insights e tamanho desse mercado, o que contribuiu muito para aprofundar a nossa visão”, diz o executivo.
Queiroz Júnior explica que se trata de um mercado endereçável de R$ 80 bilhões no setor de segunda mão, dos quais R$ 60 bilhões são para offline e R$ 20 bilhões são para itens de moda. Pioneiro nesse movimento desde 2009, o Enjoei oferece aos investidores uma oportunidade única e inovadora, alinhada às tendências de consumo consciente e economia circular.
“Também queremos nos conectar a esse grande mercado de moda offline, consolidando o Enjoei como a maior companhia de produtos de segunda mão da moda no Brasil no online e fora dele. O franqueado terá um retorno satisfatório a uma taxa interessante, tudo isso em um mercado mais do que aquecido, que cresce ano a ano trazendo muitas oportunidades”, cometa o COO.
“Estamos oferecendo um modelo inovador, altamente atrativo e sustentável para quem deseja investir no modelo de franquias, democratizando o acesso à moda em todo o Brasil ao levar a proposta das lojas físicas do Enjoei para novas cidades e públicos. Desenvolvemos um modelo de franquia do futuro”, conclui.
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