O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a PiniOn, registrou 103 pontos em novembro, mantendo estabilidade em relação a outubro, mas com queda de 7,2% na comparação com o mesmo mês de 2023.
Desde setembro, o índice permanece no campo otimista, acima de 100 pontos. A pesquisa foi realizada com 1.679 famílias em todo o país, abrangendo capitais e cidades do interior.
Os resultados regionais foram variados: o Nordeste apresentou queda na confiança, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte registraram alta. No Sul e no Sudeste, a confiança manteve-se estável. Entre as classes socioeconômicas, o índice subiu moderadamente para as classes AB e permaneceu inalterado para as classes C e DE.
A percepção sobre a situação financeira atual e a segurança no emprego não apresentou mudanças. No entanto, as expectativas futuras se mostraram mais otimistas, o que levou a um aumento na disposição de comprar itens de maior valor, como imóveis e veículos, além de uma maior intenção de adquirir bens duráveis e investir.
“Essa estabilidade mensal pode ser resultado de dois efeitos opostos. Por um lado, os aumentos observados no emprego e na renda tendem a impactar positivamente a confiança dos consumidores. Por outro, a deterioração do poder aquisitivo das famílias, provocada pela aceleração da inflação — especialmente os aumentos nos preços de itens essenciais, como alimentos e bebidas — faz com que o consumidor se torne mais cauteloso nas suas compras”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
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