O consumo de proteínas de origem animal, especialmente para churrasco, tem crescido no Brasil, segundo análise da divisão Worldpanel da Kantar. Atualmente, 29 milhões de brasileiros fazem churrasco semanalmente. Além disso, 33% dos lares escolhem esse preparo para as festas de fim de ano, um aumento de 10% em relação a 2021.
Entre os consumidores regulares, a frequência média de preparo é de 1,7 vezes por semana. As carnes bovinas são as mais consumidas, presentes em 60% dos churrascos, seguidas por aves e linguiças.
O aumento no consumo está relacionado à estabilização dos preços, segundo Raquel Ferreira, diretora comercial da divisão Worldpanel da Kantar. “O brasileiro faz hoje, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma a mais do que fazia em 2023. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no País”, afirma Ferreira.
O Acém é o corte bovino mais consumido, com destaque nas regiões da Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro. As compras são realizadas principalmente em supermercados, que respondem por 20,7% do volume, com um ticket médio de R$ 50,59. Pequenos varejos concentram 30,2% das vendas, com ticket médio de R$ 51,42, seguidos pelo varejo tradicional, com 21,1% e ticket médio de R$ 43,30. Açougues, apesar de representarem apenas 7,7% do volume, registram o maior gasto médio, de R$ 66,85.
Recentemente, a falta de abastecimento de carnes bovinas expôs riscos na operação de grandes redes varejistas, diante de possíveis boicotes de frigoríficos. “A indústria como um todo precisa estar atenta a essas movimentações e definir rapidamente as melhores estratégias para minimizar os impactos em suas marcas ou categorias durante esses períodos de incerteza”, conclui Ferreira.
Os dados são do Painel de Uso e Consumo da Kantar, que acompanha continuamente os hábitos de 11.300 domicílios em todas as regiões e classes sociais, representando cerca de 60 milhões de lares no Brasil.
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