A National Retail Federation (Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos) divulgou uma pesquisa que indica que as vendas de final de ano durante novembro e dezembro aumentaram 5,5% em relação ao mesmo período de 2016, para US$ 691,9 bilhões. Esse crescimento se deve ao aumento no número de empregos e no valor dos salários, além da maior confiança, que levou os consumidores americanos a gastar mais do que o esperado. O balanço de vendas exclui restaurantes, concessionários de automóveis e postos de gasolina e inclui US$ 138,4 bilhões em vendas on-line e outras não realizadas em lojas, que cresceram 11,5% em relação ao ano anterior.
Matthew Shay, presidente e CEO da NRF, destaca os bons resultados: “Nós sabíamos que os varejistas teriam uma boa temporada de fim de ano, mas os resultados são ainda melhores do que qualquer coisa que pudéssemos esperar, especialmente com as manchetes enganosas do ano passado”. Para ele, a diversidade nas formas de venda, sejam online ou físicas, também merece destaque. “Sejam em compras em loja, on-line ou em seus celulares, os consumidores estavam com vontade de gastar, e os varejistas estavam lá para lhes oferecer um bom valor pelo seu dinheiro. Com isso como ponto de partida e ainda a redução de impostos que está colocando mais dinheiro nos bolsos dos consumidores, estamos confiantes de que os varejistas terão um bom ano à frente”.
A NRF havia feito uma previsão de que as vendas ficariam entre US$ 678,75 bilhões e US$ 682 bilhões. Isso já representaria um aumento da ordem de 3,6 e 4%, marcando o maior crescimento desde o ganho ano a ano de 5,2%, observado em 2010, após o final da Grande Recessão. A NRF havia previsto que as vendas fora de loja, que incluem as feitas on-line, cresceriam entre 11 e 15 por cento, para um valor entre US$ 137,7 bilhões e US$ 142,6 bilhões.
O mês de dezembro sozinho teve um crescimento de 0,4%, ajustado sazonalmente em relação a novembro e 4,6% não ajustado na comparação ano a ano.
“O varejo provou mais uma vez que é a indústria mais ágil da economia, capaz de se transformar e se reinventar para atender às demandas dos consumidores, que estão sempre em mudança”, disse Shay. “O varejo hoje não parece o mesmo de 10 anos atrás e certamente não ficará igual em outros 10 anos. Mas o varejo é o varejo, e sempre estará aqui para servir seus clientes”.
Jack Kleinhenz, economista-chefe da NRF, concorda: “a economia estava em grande forma indo para a temporada de fim de ano, e os varejistas tiveram a combinação certa de inventário, preços e pessoal, para ajudá-los a se conectar com os compradores de forma muito eficiente.”
A temporada atingiu os três maiores ganhos mensais de vendas ano-a-ano para o varejo desde o quarto trimestre de 2014. A renda pessoal descartável nominal aumentou em 3,5% ano a ano em outubro e novembro, e os consumidores estavam mais confortáveis para usar seus cartões de crédito, com saldos pendentes em 6% ano a ano.
O balanço da NRF foi feito com base nos dados do Departamento de Censo dos EUA, que relatou hoje que as vendas totais de dezembro, incluindo automóveis, gasolina e restaurantes, subiram 0,4% ajustadas sazonalmente em comparação com novembro e 5,4% ano a ano. Houve aumentos em todas as categorias de varejo, exceto bens esportivos, durante a o final do ano, que a NRF considera como sendo de 1 de novembro a 31 de dezembro.