O setor de alimentação fora do lar registrou alta real de 7,3% em novembro de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023. O levantamento foi realizado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a consultoria Future Tank, com base em dados da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. Esse resultado marca o 13º mês consecutivo de crescimento no faturamento de bares e restaurantes.
No acumulado de janeiro a novembro, o avanço nas receitas reais do setor foi de 5,7% em relação ao mesmo período de 2023. Este desempenho contribuiu para o crescimento de 3,2% do setor de serviços no acumulado do ano, reforçando a importância econômica do segmento.
“O crescimento do setor de alimentação fora do lar reflete sua resiliência e a capacidade de atender à crescente demanda por conveniência, qualidade e inovação. No entanto, é fundamental adotar cautela diante do cenário econômico geral, que ainda apresenta incertezas. O setor deve manter um planejamento cuidadoso, especialmente no início do ano, quando a definição de estratégias exige atenção redobrada”, afirma Fernando Blower, diretor-executivo da ANR.
Mulheres correspondem a 49% da força de trabalho no setor
Hoje, as mulheres representam 49% da mão de obra no setor de alimentação fora do lar, enquanto em 2017 eram 47%, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). No mercado formal, elas são maioria, correspondendo a 55% do total.
A pesquisa da FGV-Abrasel também revela que o percentual de pretos e pardos trabalhando no setor de alimentação fora do lar em 2024 foi de 63%, representando um aumento em relação a 2017, quando eram 58%. A média de escolaridade dos colaboradores do setor também cresceu: na comparação entre 2017 e 2024, o índice subiu de 10,2 para 10,7 anos de estudo.
A alta taxa de informalidade no setor é uma preocupação da Abrasel. Segundo o levantamento, 41% dos trabalhadores ainda atuam de forma informal.
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