Em 2024 as plataformas de e-commerce foram impactadas significativamente pelas inovações tecnológicas, diante do novo comportamento do consumidor brasileiro que busca experiências de compra ainda mais personalizadas. Não à toa, ferramentas como Inteligência Artificial (IA) e machine learning (ML) foram adotadas a fim de proporcionar um atendimento ultrapersonalizado, em prol de experiências altamente customizadas e individualizadas para cada cliente.
Com ofertas exclusivas e comunicações interativas, estas tecnologias utilizam recomendações personalizadas em tempo real que se ajustam instantaneamente com base no comportamento e nas preferências específicas de cada consumidor, o que resulta no aumento da satisfação e fidelização do público-alvo.
E o que esperar do e-commerce em 2025? No geral, as perspectivas são promissoras, principalmente diante da adesão de tecnologias e estratégias que seguirão redefinindo a experiência de compra virtual. Segundo um levantamento da Mobmio, os lucros dos afiliados focados em tráfego mobile no país cresceram aproximadamente 15% somente no primeiro semestre de 2024, o que demonstra um crescimento do m-commerce cada vez maior no cenário nacional e, consequentemente, maior consolidação do setor no país.
Isso tem tudo a ver com a inclusão do conceito Unified Commerce. Emergindo como uma tendência chave para 2025, justamente por oferecer uma visão holística do cliente, ele proporciona uma experiência de compra mais coesa, personalizada e sem fricções. A estratégia é vista pelos empreendedores como um divisor de águas entre o sucesso e o fracasso do negócio, ao passo que elimina as barreiras entre o online e o offline.
De acordo com um estudo da NRF, as empresas que adotam estratégias de comércio unificado apresentam um aumento médio de 30% em sua receita. Sendo assim, capaz de desbloquear o futuro do varejo, o Unified Commerce figura como indispensável no segmento, pois atende as expectativas dos consumidores modernos, traz eficiência operacional e, sobretudo, crescimento sustentável.
Esse conceito também nos faz lembrar do Commerce Everywhere, que favorece um ecossistema contínuo e interligado. Redefinindo o modelo tradicional do e-commerce, a abordagem caminha lado a lado com o Social Commerce, uma tendência poderosa, por estar diretamente ligada ao consumidor nas redes sociais. Com funcionalidades de compra integradas que facilitam transações instantâneas e impulsionam o engajamento do cliente, as plataformas de mídias sociais refletem uma disrupção cada vez maior nos canais de e-commerce.
Inclusive, o relatório “Mid-Year Consumer Outlook: Guide to 2025” da NIQ, aponta que três em cada 10 pessoas estão propensas a comprar pelas redes no próximo ano, enquanto 29% estão dispostas a trocar de marca se um influenciador fizer uma recomendação nas mídias sociais.
Indo além do momento de compra, tecnologias como blockchain, para rastreamento de produtos, e IoT, para gestão de inventário, também prometem transformações nas operações. Em paralelo, a integração da IA permanecerá revolucionando o setor a partir de recomendações mais personalizadas, atendimento automatizado e eficiência logística, além de experiências de compra fluida, conveniente e conectada ao dia a dia digital.
Portanto, as organizações que conseguirem alavancar inovações tecnológicas e adaptar-se rapidamente às novas expectativas e necessidades do consumidor estarão mais bem posicionadas para prosperar neste ambiente dinâmico. Vale desenvolver estratégias de marketing específicas para redes sociais, apostar na ampliação das opções de pagamentos digitais, a fim de atrair um público mais jovem e tecnologicamente engajado, investir em realidade aumentada (RA), realidade virtual (RV) e em práticas sustentáveis, como embalagens ecológicas e rotas otimizadas, que embora pareçam algo distante, são importantes para estes consumidores.
Diogo Olher é fundador e VP de Marketing e Digital Business da Social Digital Commerce.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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