O comércio eletrônico de alimentos para cães e gatos alcançou faturamento recorde de R$ 670 milhões em 2024, com presença em 4,5% dos lares brasileiros, segundo levantamento da divisão Worldpanel da Kantar. O e-commerce já representa cerca de 5% do mercado de alimentação canina e apresentou alta de 117% em dois anos, consolidando-se como um dos canais mais relevantes para a categoria.
De forma mais ampla, 30% dos lares no Brasil passaram a comprar bens de consumo massivo por canais digitais, o maior índice já registrado pela Kantar e que continua em crescimento. A conveniência e os preços mais competitivos são alguns dos fatores que impulsionam esse avanço. No segmento pet, o aumento na compra de alimentos industrializados contribuiu para o crescimento de 36% no volume total de vendas de alimentos secos, úmidos e petiscos para cães e gatos em 2023, número que dobrou nos últimos dois anos.
O estudo mostra que 53% dos tutores alimentam seus cães exclusivamente com ração industrializada, enquanto 45% optam por uma combinação de comida caseira com alimento comercializado. “As grandes redes, que trabalham com programas de desconto por recorrência, frete grátis e preços mais acessíveis para grandes volumes de compra, entram na rotina dos consumidores pela via digital e constroem lealdade”, afirma Roberta Forte, diretora de contas da Kantar.
Na contramão do crescimento digital, petshops independentes e casas agropecuárias registraram queda de 41% em volume de vendas em 2024. No mesmo período, grandes redes cresceram 3%. Os dados integram o Painel de Compras da Kantar, que monitora os hábitos de 150 milhões de consumidores no Brasil.
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