A Natura&Co registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 151,5 milhões no primeiro trimestre desse ano. O resultado equivale a uma melhora de 83,7% frente ao prejuízo de R$ 935,1 milhões apurado em igual período do ano anterior.
Ao excluir os impactos não-operacionais, a Natura&Co destaca que o lucro líquido ajustado foi de R$ 264 milhões, comparado a um prejuízo líquido ajustado de R$ 116 milhões no mesmo período do ano anterior.
Já a receita líquida consolidada da companhia alcançou R$ 6,7 bilhões no período, alta anual de 45,8%. O resultado inclui as vendas da Avon International de R$ 1,4 bilhão, que foram tratadas como operações descontinuadas no mesmo período de 2024
Na América Latina, a receita foi de R$ 5,3 bilhões, aumento 15,4% ante o primeiro trimestre de 2024
O Ebitda recorrente consolidado somou R$ 789,5 milhões no trimestre, avanço de 30,1% na comparação anual. A margem Ebitda recorrente ficou em 11,8%, com destaque para a operação latino-americana, que registrou margem de 15,0%, uma recuperação significativa em relação aos 9,6% do quarto trimestre de 2024.
Segundo a companhia, a melhora foi impulsionada por ganhos de eficiência na chamada “Onda 2”, alavancagem operacional e menores despesas administrativas como percentual da receita.
Apesar da evolução operacional, os resultados ainda foram pressionados por R$ 190 milhões em custos de transformação e R$ 251 milhões em despesas financeiras, em parte explicadas pela variação cambial e por perdas com derivativos.
Já a dívida líquida do trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, aumento frente aos R$ 2,4 bilhões apurados no quarto trimestre de 2024. A dívida, segundo a Natura, se deu pela queima de caixa de R$ 692 milhões e saída de R$ 60 milhões para o programa de recompra de ações, parcialmente compensadas pela depreciação do dólar frente ao real reduzindo a dívida total em, aproximadamente, R$ 250 milhões.
Com foco na simplificação da estrutura e maior eficiência, a Natura&Co também confirmou a fusão com a Natura Cosméticos e segue avaliando alternativas estratégicas para a Avon International, incluindo um possível desinvestimento.
Com informações de Estadão Conteúdo (Júlia Pestana)
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