Retornando ao Brasil após um período morando nos Estados Unidos, Pierre Berenstein, CEO das marcas Outback Steakhouse, Abbraccio e Aussie, participou nesta segunda-feira, 26, do Connection Foodservice Day — evento realizado pela Mercado&Consumo, Gouvêa Foodservice e Gouvêa Experience, que apresenta os principais aprendizados da NRA Show, a principal feira de foodservice do mundo, realizada em Chicago. Este foi seu primeiro evento desde o retorno ao País.
Entre os destaques do painel, houve uma emocionante homenagem ao executivo Peter Rodenbeck, responsável por trazer diversas marcas ao Brasil, como McDonald’s, Outback Steakhouse e Starbucks. O executivo faleceu em outubro do ano passado, em decorrência de um câncer.
“Acho que o Peter teve um papel fundamental na construção do mercado de foodservice. Uma pessoa muito estratégica, brilhante, mas, sobretudo, alguém que amava as pessoas”, afirmou Berenstein, dando início à homenagem a essa grande figura do setor de alimentação mundial, que contou com um vídeo apresentando um pouco da trajetória de Rodenbeck.
Experiência internacional
Berenstein se mudou para os Estados Unidos, país onde o Outback foi fundado — apesar do nome e da identidade inspirados no filme “Crocodilo Dundee”, a rede não foi criada na Austrália, como explicou o executivo durante o painel. Ele retornou ao Brasil em fevereiro deste ano.
Ele explica que trabalhar em um mercado tão desenvolvido como o dos Estados Unidos — onde a alimentação fora do lar representa 70% do setor de foodservice e as cadeias de alimentação estão bastante consolidadas — foi uma grande experiência de aprendizado, especialmente ao observar a dinâmica do casual dining, que é uma conceito de restaurante que se transita entre o fast-food e o alta gastronomia.
“Mesmo no mercado de casual dining americano, que vem registrando crescimento composto negativo nos últimos dez anos, há duas ou três marcas que têm crescido dois dígitos todos os anos. E o que elas fizeram para prosperar em um mercado assim? Trouxeram diversos insights e perspectivas que nos ajudam a manter os pés no chão, nossa posição de liderança e a reafirmar tudo aquilo em que acreditamos”, explica.
O CEO do Outback ainda destacou o valor do jeito brasileiro de ser, ressaltando como a criatividade, o jogo de cintura e a brasilidade se tornaram diferenciais em um ambiente altamente tecnológico e orientado por dados, como o mercado americano. “Então, estando lá, obviamente muito imerso em tecnologia, startups, dados — não faltam no mercado americano —, mas, de verdade, foi muito interessante ver que o nosso jeito brasileiro, o nosso jogo de cintura, a brasilidade… ser brasileiro é muito bom num local como esse. Como a gente pode fazer a diferença e ajudar no processo de transformação, que é o que a marca passa agora nos Estados Unidos”, conclui Pierre.
Imagem: Mercado&Consumo