O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 0,22% em abril, mais que o dobro do percentual registrado no mês anterior (0,09%). Segundo dados do IBGE, metade do aumento mensal se deu pela pressão de preços administrados, notadamente de medicamentos e plano de saúde. No recorte mensal e por grupos, aqueles que mais contribuíram para a alta do indicador foram os itens relacionados a saúde e cuidados pessoais (0,91%), vestuário (0,62%), artigos de residência (0,22%) e habitação (0,17%).
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta o impacto do reajuste dos medicamentos, ocorrido em 31 de março, que ainda é sentido no mercado. “Os aumentos entre 2,09% e 2,84% pressionaram os preços dos remédios (1,52%). Esse resultado impulsionou a inflação do grupo relacionado a saúde e cuidados pessoais, juntamente ao aumento médio de 1,06% nos valores dos planos de saúde”, explica.
De janeiro a abril, o IPCA acumula alta de 0,92%, o menor patamar para o período desde o Plano Real. No acumulado em 12 meses, o índice está em 2,76%, 0,08 ponto percentual superior aos 12 meses acumulados até março (2,68%). “Mesmo com o avanço de abril, o IPCA segue abaixo do limite inferior da meta de inflação do governo, e a tendência é que continue assim, pelo menos, no curto prazo. A lenta recuperação da atividade econômica e as ótimas safras agrícolas seguem influenciando o comportamento dos preços”, avalia o economista.
*Imagem reprodução