Em março, o comércio atacadista do Estado de São Paulo abriu 699 vagas de trabalho formais, resultado de 17.019 admissões, contra 16.320 desligamentos. Foi o terceiro saldo positivo de empregos consecutivo e o melhor desempenho para o mês desde 2013. Com isso, o setor encerrou março com um estoque de 500.503 trabalhadores com carteira assinada, alta de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2017 e o maior patamar desde novembro de 2015. No acumulado de 2018, o saldo é positivo em 2.353 vínculos celetistas.
Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista. A pesquisa mostra o comportamento do mercado de trabalho formal do comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividade.
Em março, oito das dez atividades pesquisadas registraram saldo positivo, com destaque para o comércio atacadista de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (217 vagas) e papel, resíduos, sucatas e metais (210 vínculos celetistas). Apenas outras atividades (-79 postos de trabalho) e materiais de construção, madeira e ferramentas (-73 empregos) registraram mais desligamentos que admissões.
No acumulado de 12 meses, os destaques ficaram por conta dos setores de alimentos e bebidas (3.790 vagas); produtos farmacêuticos e higiene pessoal (2.037 vagas); e papel, resíduos, sucatas e metais (1.148 vagas), os quais também apresentaram as maiores taxas de crescimento no estoque de empregados em relação a março de 2017, de 2,6%, 3,5% e 2,4%, respectivamente.
Segundo a assessoria econômica da Federação, o comércio atacadista do Estado de São Paulo tem dado continuidade à trajetória de abertura de vagas formais. Foram geradas mais de 9 mil vagas nos últimos 12 meses, repondo parte das quase 25 mil perdidas entre 2015 e 2016. Nesse momento de recuperação, destacam-se as atividades que comercializam bens essenciais, evidenciando a busca do consumidor final no atacado em períodos de orçamento restrito e aumento da demanda de pequenos estabelecimentos.
Apenas na cidade de São Paulo, o comércio atacadista criou 344 novos vínculos empregatícios em março. Os segmentos de alimentos e bebidas (96 vagas) e de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (87 empregos) apontaram o maior número absoluto de postos de trabalho abertos. O atacado paulistano encerrou o mês com um estoque de 207.469 vínculos celetistas, alta de 1,1% sobre março do ano passado.
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