“A empresa não tem Instagram? Então essa empresa não existe!”
Palavras da Carol, uma amiga que acabou de fazer uma imersão em um curso de marketing digital.
Nos dias de hoje, a percepção de existir no mundo está muito ligada à exposição através das mídias sociais. Ter ou estar presente nas mídias sociais tornou-se um atestado de identidade ou, no mínimo, de existência. Esse sentimento é válido para pessoas ou empresas.
Antigamente, checávamos se a empresa tinha um endereço ou telefone fixo para decidir pela conclusão da compra no e-commerce. Agora, checamos as mídias sociais. Nossas referências mudaram.
Anos atrás, o endereço ou telefone fixo poderia ser falso. Hoje, diria que está um pouco mais fácil ser enganado. A imagem desejada pode ser criada e, infelizmente ou felizmente, como se diz, popularmente “Uma imagem vale por mil palavras”. Esbarra-se em outros problemas de confiabilidade.
Não necessariamente o que se realmente é ou o que esta sendo realizado está sendo mostrado. Empresas também tem esse poder de manipular a informação e a imagem. Só para ilustrar a tal da ” ilusão digital” conto sobre um caso recente que escutei em uma reunião com um parceiro de logística. Levantou-se um ponto sobre um famoso aplicativo de comida, onde um restaurante desconhecido pela maior parte das pessoas está disponível e possui um Instagram maravilhoso, repleto de fotos deliciosas. Pode-se jurar que existe um chef de cozinha preparando a comida, quando, na realidade, tem uma cozinha, como diríamos, de “fundo de quintal”. Foi algo que me deixou bastante preocupada e atenta às empresas de pedidos de comida. Enfim, esse é só um caso básico de como um Instagram ou Facebook bem feito pode trazer falsas expectativas.
Por outro lado, as mídias sociais abrem oportunidades enormes para pequenos produtores ou pequenas empresas de expandir negócios fronteiras afora. Para o público, proporciona uma quase infinita possibilidade de escolhas, gerando uma economia mais saudável. Posso escolher comprar de uma empresa que está começando ou é artesanal.
Também recentemente, soube de uma amiga brasileira que produz bolos e doces e foi convidada pela esposa de um sheik dos Emirados Árabes para produzir mais de 10.000 docinhos e bolos para uma festa pequena para 1000 pessoas no palácio. Inclusive, o jato do casal vai buscá-la para a montagem da festa, e todas as passagens, passeios e estadias no melhor hotel do país estão pagos. Tudo porque a mulher encontrou a empresa dela no Instagram e óbvio que ela tinha um diferencial de produtos e estava preparada para atender a esse tipo de cliente. Mas, esse é só mais um caso das muitas possibilidades.
Enfim, não vou me alongar, mas lembre-se: se você ou a sua empresa não está no Instagram ou não existe em nenhuma outra mídia social, provavelmente, ela também não existe ou não vai existir na economia digital.
*Imagem reprodução