A companhia aérea Gol lançou uma incubadora de projetos. A chamada Gol Labs está localizada em um antigo depósito na sede da Gol, em São Paulo. O objetivo da área é acelerar a criação de novos produtos e serviços, pois a empresa acredita que não está lançando ideias novas na velocidade que gostaria.
De acordo com Paulo Palaia, diretor de TI da Gol, a criação de uma área separada do departamento de TI acelera a criação de novos produtos, pois, para atualizar o sistema da Gol, é necessário cumprir uma série de regras e normas de segurança e governança. Todas as mudanças ainda são auditadas. Naturalmente que este processo atrasa os lançamentos.
A nova área não sofre com isso pois não tem contato com as plataformas da empresa, sendo independente. Além disso, é usado um banco de dos fictício para a criação de alguns produtos, com dados, nomes e endereços misturados.
O local onde funciona o laboratório foi reformado, para ter um ambiente mais informal e colaborativo, com jeito de startup. As mesas de trabalho estão localizadas no térreo e no mezanino há um espaço para as reuniões. Nove pessoas trabalham na área, mas a empresa deseja ampliar para 19 funcionários. A maioria é da própria Gol, pois para que funcione a equipe precisa conhecer bem a companhia e ser multidisciplinar. Além disso, novas pessoas são designadas para participar, de acordo com as áreas necessárias. Se a iniciativa que está sendo desenvolvida é ligada à área de operações, alguém de lá irá participar do projeto.
As iniciativas tem curto prazo de duração, apenas duas semanas. Caso não apresentem resultados são abandonados. Já se atingirem os objetivos pretendidos, continuam.
As receitas da área vêm daquilo que geram para os demais setores da companhia. Se há um aumento de lucro ou redução dos custos, esta diferença entra para o laboratório.
A Gol fez uma opção que muitas empresas estão fazendo. Para inovar, desenvolvem “startups internas”. Palaia disse: “Nós olhamos bastante para o mercado, mas não existe nenhuma empresa que consiga trazer uma solução completa”. Este modelo ajuda também a integrar as mudanças na companhia, pois uma área pode complementar e ajudar a outra. Startups externas ficam mais isoladas e apresentam maior dificuldade à integração de sistemas.
Mas a empresa não descarta as parcerias com outras startups. Um dos colaboradores do laboratório fica atento ao que tem aparecido no mercado de stratups, mantendo ainda contato com aceleradoras. Caso algo interessante surja, a Gol pode comprar a empresa ou firmar um contrato com ela.
*Informações retiradas do portal Exame
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