Ciro Bottini, vendedor e apresentador do canal Shoptime, Woody, apresentador e vendedor e Sylvia Design, CEO da loja de móveis Sylvia Design marcaram presença no Mega Fórum do segundo dia do LATAM Retail Show. Eles fizeram uma apresentação para falar um pouco sobre o que faz um bom vendedor.
Os três convidados contaram um pouco de suas trajetórias. Sylvia é do Ceará e veio para São Paulo, onde sua irmã já vivia para cuidar da sobrinha que havia sofrido um acidente. Conseguiu emprego na rede jumbo como empacotadora. “Sempre pensei como patroa. Procurava me destacar, fazer o melhor. O funcionário que não se destaca se torna apenas mais um”, disse. Viu o anúncio para uma vaga de vendedora com um salário equivalente a 20 mil reais hoje. Não tinha o perfil para a vaga, mas consegui encantar o recrutador. “Fui a melhor vendedora daquele mês. Juntei o dinheiro e achei que era hora de abrir meu negócio”, contou.
Woody tem formação de professor de Educação Física. Trabalhava com recreação em um hotel fazenda, até que um hóspede notou seu jeito e o convidou para fazer um teste de comercial. “Na hora eu travei, mas o diretor me disse que a câmera nada mais era que uma pessoa. Nunca mais travei diante da câmera”, falou.
Bottini sonhava em ser cantor de rock. Até que a mãe lhe falou que era desafinado. “Mas ela também me disse que minha voz era bonita e que eu devia ser locutor. Aí então fui me vender na energia 97. Consegui. Depois vi um programa de vendas na TV Gazeta. Fui me vender de novo e novamente fui contratado. Quando surgiu o Shoptime me vendi de novo. Tudo na vida são vendas”, declarou.
Bottini também destacou que a experiência e o encantamento são fundamentais para fazer uma venda. “É preciso se colocar no lugar do cliente, ter empatia. Oferta e produto não são mais o suficiente. Encantar é que é fundamental”, falou.
Ele desejava ser um vendedor famoso, razão pela qual criou os bordões “Comprar, comprar, comprar”; “Vender, vender, vender” e o famoso “Bottini, Bottini, Bottini”. De acordo com ele, “isso faz as pessoas lembrarem de você. Só meu filho de 16 anos que odeia”, brincou.
Os três participantes destacaram a importância de amar o que faz para ser um bom vendedor. “Precisa encantar, conhecer o produto e a empresa e, principalmente, amar o que faz. É preciso ser o mais transparente possível, mas mostrar para o cliente que você deseja melhorar a vida dele e que o produto fará isso”, disse Woody.
Sylvia acredita que os colaboradores têm que se sentirem engajados. “Não adianta só cobrar. Tem que dar os instrumentos que a equipe precisa para vender”, falou. A empresária faz avaliações semanais dos vendedores, procura motivar e saber se aconteceu alguma coisa com quem não está vendendo. “Nenhuma equipe é 100%. Mas, às vezes, quem não vende tanto colabora comigo de outra forma. Faço uma avaliação e, só se de fato ele não colabora com nada, troco. Mas a rotatividade é baixa. Meus vendedores têm tesão pelo que fazem. E, mais uma coisa, quem se destaca tem que ser recompensado. Não acredito nessa história de cortar comissão disso e daquilo. Tem que motivar sempre!”, concluiu.
(Foto: Terassan Fotografia)