A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre Comércio Móvel descobriu que, em três anos, entre setembro de 2015 e setembro de 2018, a proporção de internautas brasileiros que já experimentaram comprar produtos físicos através de aplicativos ou sites em seus smartphones, praticamente dobrou, passando de 41% para 80%.
Cerca de 71% dos consumidores ouvidos pela pesquisa são considerados usuários ativos mensais (MAUs) de m-commerce, ou seja, realizaram pelo menos uma compra pelo smartphone nos últimos 30 dias. Além disso, 78% afirmam que realizam hoje mais compras pelo smartphone do que seis meses atrás.
O avanço nesses três anos está diretamente relacionado à popularização dos smartphones no país, junto com a evolução dos apps de m-commerce, tanto aqueles de grandes varejistas quanto aqueles de novos serviços online to offline. A simplificação do cadastramento de cartões de crédito com a câmera do celular; a personalização da experiência com base no histórico de compras do usuário; a otimização do checkout em apenas um clique; a adição de novos meios de pagamento, como carteiras digitais; a oferta de condições especiais para o m-commerce, como promoções, navegação gratuita e frete grátis: estas são algumas das ações tomadas por varejistas que contribuíram para melhorar a experiência do brasileiro com comércio móvel.
Por conta disso tudo, 69% dos consumidores móveis afirmam que preferem comprar pelo smartphone do que pelo computador. Na edição anterior, em abril deste ano, eram 63%. Ao mesmo tempo, cresce a satisfação dos brasileiros em relação à experiência com m-commerce. Em seis meses, subiu de 83% para 88% a proporção que se declara satisfeita ou muito satisfeita com esses serviços, informou a pesquisa.
“Ao se analisar os dados demográficos, percebe-se que o comércio móvel foi mais experimentado pelos brasileiros das classes A e B (86%), do que entre aqueles das classes C, D e E (78%). A proporção de MAUs é maior também entre os primeiros (75%) que entre os últimos (70%). Porém, na pergunta sobre a preferência entre comprar pelo celular ou pelo computador, nota-se que o dispositivo móvel tem uma importância maior nas classes menos favorecidas, o que decorre, provavelmente, do menor acesso a computadores nessa camada da população”, explicou Fernando Paiva, editor do Mobile Time e coordenador da pesquisa.
“Enquanto 57% dos consumidores móveis das classes A e B declaram preferir comprar pelo celular, a proporção sobe para 73% nas classes C, D e E. Neste aspecto, percebe-se também uma diferença significativa de gênero: mulheres (73%) gostam mais de comprar pelo celular, enquanto entre os homens esse percentual é de 65%”, destacou.
A pesquisa também elaborou um ranking com os apps mais frequentemente usados no m-commerce nacional e monitorou o uso do smartphone para a compra/contratação dos seguintes produtos/serviços: corrida de táxi/carro particular; delivery de comida; reserva de hospedagem; compra de ingresso de eventos; serviços de beleza.
A pesquisa foi realizada em agosto. Foram ouvidos 2.069 internautas brasileiros que possuem smartphone. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.
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