Em 2018, o varejo de material de construção cresceu 6,5% na comparação com 2017. O setor obteve um faturamento de R$ 122 milhões, batendo o recorde. De acordo com a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), as vendas de dezembro foram melhores que o esperado, já que o mês costuma ser marcado por chuvas, férias escolares, além das festas, não sendo um momento propício para reformas.
A Pesquisa Tracking, realizada mensalmente pela Anamaco, aponta que as vendas cresceram 2% em dezembro, quando comparadas às de novembro. Na comparação com o mesmo período de 2017, o crescimento é ainda maior, de 5%.
De acordo com o estudo, as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram crescimento de, respectivamente, 12%, 4% e 3%. As vendas da região Sul se mantiveram estáveis e caíram 9% no Norte do Brasil.
A categoria de tintas cresceu 17% no período, revestimentos cerâmicos ficaram estáveis e telhas de fibrocimento caíram 5%.
O estudo entrevistou 530 lojistas entre os dias 18 a 21 de dezembro e revelou que quase todas as regiões do País apresentaram crescimento, com destaque para o As vendas ficaram estáveis na região Sul, e apresentaram queda de 9% no Norte.
Cláudio Conz, presidente da Anamaco, acredita que a primeira quinzena do mês foi beneficiada com a alta das vendas. “Com a melhora da confiança do consumidor, por conta das eleições presidenciais e da retomada do otimismo na economia, o cliente se sentiu à vontade para fazer pequenas obras ou pintar sua casa para receber a família e comemorar o Natal. Também é preciso lembrar que, por conta do período de chuvas, algumas reformas foram para evitar infiltrações ou problemas maiores decorrentes do clima”, disse.
A pesquisa da entidade aponta que os varejistas do segmento estão otimistas. 38% dos pesquisados afirmaram esperar resultados melhores em janeiro, mês em que as vendas são tradicionalmente baixas. . “Eu sempre digo que o ano só começa para o setor depois do Carnaval. Janeiro é um mês de férias escolares, de viagens… Quem não viaja está com criança em casa, e criança não combina com reforma. Fora isso, mal começa o ano e já chegam os carnês de IPTU, IPVA, matrícula escolar… e como reforma demanda planejamento, sempre acaba ficando pra depois de fevereiro”, explicou Conz.
Além disso, 50% dos varejistas têm planos de investir neste ano e 19% desejam fazer contratações em janeiro, volume maior que em dezembro, em todas as regiões. 87% dos comerciantes responderam em dezembro que estão otimistas com o governo, a maior porcentagem registrada em 2018.
A Anamaco prevê 8,5% de crescimento do setor de material de construção em 2019, em relação a 2018. “Temos buscado o diálogo com o novo governo, que já sinalizou prioridade à Saúde, Segurança Pública e Educação. Essas áreas influenciam diretamente o nosso setor, com a construção de escolas, hospitais, novos presídios. Além disso, o número de casamentos, de nascimentos e de divórcios impacta diretamente o setor de reformas, pois quem casa quer casa, quem tem filho precisa adequar a moradia e quem separa também precisa de lugar para morar. O consumidor está mais confiante e os números mostram que há uma retomada de obras”, concluiu Conz.
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