A Páscoa já faz parte do calendário da maioria dos brasileiros e promete movimentar o comércio no segundo trimestre. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais do país aponta que sete em cada dez (72%) consumidores pretendem ir às compras no período. Desses, 35% disseram que vão desembolsar a mesma quantia do ano passado, 32% devem gastar mais e 25% menos. O valor do tíquete médio será de R$195,52.
Para os que esperam ter um aumento de gastos este ano, a principal justificativa está relacionada à intenção de compras de um volume maior de produtos (41%). Outros 25% atribuem ao fato de os itens estarem mais caros e 19% afirmam que os itens estão com bom preço e, portanto, aproveitarão a oportunidade.
A sondagem também mostra que 43% dos consumidores irão adquirir a mesma quantidade de produtos da Páscoa de 2018, 41% desejam comprar mais e 11% menos. Em média, a expectativa é de que os consumidores comprem seis produtos. Os principais presenteados serão os filhos (59%), os cônjuges (42%), a mãe (41%) e os sobrinhos (33%). Já 27% vão presentear a si próprios.
“Mesmo que a economia venha se recuperando de forma mais lenta do que o esperado, as vendas nesta Páscoa podem aquecer o varejo. Esse é o momento de o setor investir em promoções para atrair os consumidores, de olho naqueles que pretendem comprar mais e, sobretudo, nos que ainda não se decidiram , avaliou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Este ano, estima-se que cerca de 113, 2 milhões de pessoas gastem com a compra de presentes e chocolates durante a Páscoa. Um comportamento observado pela pesquisa revela que o brasileiro busca manter alguns hábitos de consumo adquiridos durante a crise. A maioria (86%) dos consumidores disse que pretende pesquisar preços antes de levar os ovos ou demais produtos para casa, sendo que os locais preferidos para fazer essa comparação são supermercados (73%), internet (48%) e lojas em shoppings (40%).
Considerando aqueles que não pretendem ter despesas relacionadas a presentes ou ovos de Páscoa e chocolates, 23% disseram que irão priorizar o pagamento de dívidas. Já 21% mencionaram que estão desempregados e, por essa razão, não devem sair às compras. Há ainda os que não gostam ou não têm o costume de presentear na Páscoa ou mesmo comemorar a data, o que correspondem a 16% dos entrevistados da amostra.
Questionados sobre a forma como planejam pagar suas compras de Páscoa, 78% dos consumidores disseram que farão à vista, seja em dinheiro (66%) ou no débito (28%). Outros 43% irão pagar a prazo, sendo que 20% usarão o cartão de crédito em parcela única, enquanto 23% preferem o cartão de crédito parcelado. Dentre os que optarão pelo parcelamento, a média será de quase quatro prestações.
No momento de ir às compras, os fatores que pesam na escolha do brasileiro não são diferentes daqueles utilizados na maioria das situações de consumo. Ao escolher o local de compras, as pessoas estão em busca de melhores preços (51%), qualidade dos produtos (48%), promoções e descontos (42%) e diversidade de produtos (29%). Entre os principais locais pretendidos para as compras estão supermercados (62%), grandes varejistas (45%) e lojas especializadas em chocolates (40%). O levantamento aponta ainda que para 41% dos consumidores, os preços dos produtos estão mais caros este ano.
Em relação ao período de compras, metade (49%) dos entrevistados mencionou que pretende fazê-las na semana anterior à Páscoa, enquanto 36% já terão adquirido ovos ou chocolates até a segunda semana de abril. Em relação ao local de celebração, observa-se a tradição familiar, já que 51% vão passar o domingo de Páscoa em casa.
Quanto às guloseimas mais cobiçadas, os ovos de chocolate continuam conquistando a preferência dos consumidores. Oito em cada dez (79%) entrevistados manterão a tradição de comprar o produto. Chama a atenção a preferência por bombons e barras de chocolate, com percentual que chega bem próximo ao dos que optaram pelos ovos de Páscoa (71%).
Além disso, o mercado artesanal de ovos e outros produtos de chocolate também divide as atenções do brasileiro, ao oferecer atributos como a personalização e até preços mais competitivos, em comparação às marcas tradicionais. Dessa forma, ainda que 84% dos entrevistados pretendam adquirir itens industrializados, uma parte significativa menciona os chocolates artesanais (48%) — que aumenta para 58% entre os mais jovens.
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