2018 foi o melhor ano para a Levi’s desde a chegada da marca no país em 1972. No ano passado, a empresa apresentou 38% de crescimento nas vendas e 39% na rentabilidade. O resultado segue a onda de alta global e aconteceu apesar da greve dos caminhoneiros, da Copa do Mundo e das eleições. O crescimento da receita da Levi’s no mundo foi de 14%, atingindo um lucro total de US$ 5,6 bilhões (R$ 21 bilhões).
Para este ano, a previsão de aumento das vendas da marca é de 16% e de 30% na rentabilidade no mercado nacional. “Mesmo sendo menor que no ano passado, 16% ainda é um bom número, se levarmos em consideração que o mercado de jeans no Brasil não deve crescer mais que 3,5%”, disse Rui Araújo Silva, diretor de negócios da Levi’s no Brasil.
A companhia planeja investir na expansão de suas lojas, passando de 82 para 88 até o final deste ano. Por outro lado, as fábricas licenciadas devem continuar 15, mas com produtividade aumentada. “Agora será um crescimento orgânico. Elas produzem roupas e acessórios, como bonés, cintos e calçados. Ainda neste ano queremos lançar uma linha infantil, que também será produzida no Brasil”, afirmou Araújo Silva.
A mantenedora da marca, a Levi Strauss Co., realizou a reabertura de seu capital em março, após 34 anos. A previsão da empresa era arrecadar até US$ 8,7 bilhões (R$ 33 bilhões), valor que seria investido em parte na expansão em mercados emergentes, como o próprio Brasil, além de Índia e China.
“É um processo de maturação e de aceitação dos acionistas que compraram as ações. Temos que acompanhar a curva do valor e ver o nível prático que isso terá”, disse o diretor, que espera que os resultados da abertura de capital sejam melhor sentidos no segundo semestre deste ano.
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