O ano de 2015 ficou marcado na história da Subway. A rede norte-americana perdia um dos seus fundadores, o empresário Fred DeLuca, aos 67 anos. Passado o baque inicial, a empresa, aos 53 anos, reagiu e traçou novos planos para voltar a se firmar no acirrado mercado global de fast food de sanduíches.
E o Brasil ganhou atenção especial. Considerado o quarto maior mercado da companhia (que está em 160 países), atrás dos EUA, Canadá e Europa, a empresa trocou há nove meses seu diretor geral no país e começou a colocar em prática um novo plano de expansão das franquias. Responsável pela mudança na rota local, o diretor geral da Subway no Brasil, Michel Machado, começou visitando todas as lojas da marca no Brasil, que já supera a casa dos 1953 unidades, o equivalente a 50% das lojas na América Latina inteira.
A meta é manter o número de unidades, depois de ter crescido muito rápido até 2015, quando atingiu o ápice da marca, chegando a 2.164 unidades. “Depois daquele ano veio a crise econômica, somada a morte do fundador, no que chamamos de tempestade perfeita. Ai tivemos de rever os planos”, argumentou Machado.
Hoje, a Subway está espalhada por todo o país e, mesmo otimista, ainda se mantém cautelosa, de acordo com o executivo, que trouxe na bagagem a experiência de instalar outra grande marca norte-americana no Brasil, a rede de comida mexicana Taco Bell.
Por isso, a melhoria da operação entrou no foco da companhia, especialmente com maior capacitação dos franqueados. Para isso, a empresa montou uma plataforma online, que inclui orientação para gestão financeira, de estoques, contabilidade, vendas e até administração de pessoas. “A ideia é treinar o franqueado não apenas para a Subway, mas para ser um empreendedor mais completo, tornando-se um ótimo administrador”, explica Machado.
Com mais capacitação, a empresa também optou por ajudar os atuais franqueados a abrir novas unidades. “Hoje há muitos franqueados com uma ou duas unidades e queremos que eles cheguem até duas ou quatro unidades em operação”, acrescenta o executivo.
A rede emprega no Brasil até 12 mil pessoas, serve 100 milhões de sanduiches por ano, utilizando 42 toneladas de produtos frescos. E a meta é fortalecer a empresa em cima de pilares excelência na operação, com maior cuidado na gestão, elaboração de menu e foco total na conveniência, o que inclui o delivery, com uso de aplicativos e ordem remota.
Nessa nova estratégia, surgiu o conceito do Fresh Forward, uma nova cara para os restaurantes para oferecer novas experiências aos clientes, desde o atendimento, com sugestões de novos ingredientes, até a forma de exposição dos produtos para montar o sanduíche. “Sempre com a essência Subway, com produtos frescos e saudáveis”, reafirma Machado. Hoje a rede já conta com 46 unidades dentro desse novo modelo e deve chegar a 160 até o final do ano.
Após os treinamentos, os atendentes passam a sugerir novos sabores. “Percebemos que as pessoas sempre comem o mesmo sanduíche, apesar de poder escolher, porque a customização às vezes complica escolhas. Então é melhor ir no pedido mais seguro, como Frango Teriaki ou Creem Cheese. Mas o atendente pode sugerir outras combinações, para que o cliente experimente outras opções”, diz
Apesar dos planos, a Subway já revisou para baixo as projeções para o crescimento do ano. Segundo Machado, no final do ano passado, havia um otimismo no ar e a estimativa era de crescimento em torno de 5% a 7%. Mas isso foi revisto para algo em torno de 2% para este ano. “Torcemos para que tudo dê certo, mas temos que ter o pé no chão. Com a insegurança, quem pensava em abrir nova unidade segurou os investimentos. Além disso, nas lojas optamos pela criação de combos mais baratos, para trazer o cliente de volta à loja”.
Fonte: DCI
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