Até abril, o setor supermercadista brasileiro acumulou alta real de 2,26% deflacionada pelo IPCA/IBGE, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. No mês passado, as vendas apresentaram queda real de 2,42% na comparação com março e alta de 8,05% em relação a abril de 2018.
De acordo com João Sanzovo Neto, presidente da ABRAS, a queda mensal foi influenciada pelo efeito calendário. “Em março, tivemos um final de semana a mais que em abril. Pode parecer pouco, mas as vendas dos supermercados apresentaram grande concentração nesses dias”, afirmou. “No acumulado, após o efeito calendário da Páscoa, o fechamento do quadrimestre apresentou resultado positivo, voltando ao patamar do primeiro bimestre de 2019, acima dos 2%”, completou.
A projeção inicial de crescimento do setor para o ano é de 3%.
Em abril, a cesta de produtos Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou alta de 0,61%, passando de R$ 482,07 para R$ 485,03. No acumulado dos últimos 12 meses (abril 2019/abril 2018), a cesta apresentou crescimento de 10,1%.
As maiores quedas de preço no mês de abril foram registradas no feijão, na farinha de mandioca, no açúcar e no desinfetante. As principais altas foram nos itens: tomate, cebola, ovo e batata.
No recorte por regiões, a única região que apresentou queda no preço da cesta Abrasmercado em abril foi a Sudeste, de 0,45%, com o valor de R$ 473,78, impulsionada pela Grande Rio de Janeiro, onde a queda foi de 1,51%. A maior variação foi registrada na Região Sul, 2,41%, chegando a R$ 532,79, impactada, principalmente, pela Grande Porto Alegre, que registrou alta de 2,77% nos preços.
Fonte: Diário do Comércio
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