Ele começou a negociar óculos no final dos anos 90 para bancar o sonho de fazer sucesso com a sua banda “Las Ticas Tienen Fuego”. A aspiração musical passou, mas a comercialização do produto fez nascer a Chilli Beans, em 1997. Caito Maia, fundador da marca, será palestrante do 10º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, promovido pelo Grupo BITTENCOURT.
Confira um bate-papo no qual ele destaca alguns segredos de sua pimenta:
A Chilli Beans pretende abrir 400 lojas nos próximos anos. Que regiões são prioritárias para a expansão?
Este é um plano para os próximos cinco anos e as 400 lojas que pretendemos abrir são do nosso novo modelo de negócios, a Ótica Chilli Beans. Já temos duas lojas inauguradas, sendo uma em São Paulo e outra em Florianópolis. E, em agosto vamos inaugurar uma em Alphaville. Pretendemos ter lojas em todo o território nacional, como já acontece com a nossa loja “vermelha”, e em países que já atuamos.
Você começou vendendo óculos para fazer música. Que lições do universo musical você trouxe para os negócios?
Resiliência! Desde pequeno quis ser músico. Meu pai era professor de música e não me incentivava na época porque ele sabia das frustrações da área. Mesmo assim eu insisti e cheguei a ter três bandas profissionais com contrato com gravadoras. O negócio com os óculos começou exatamente para eu bancar os meus estudos com música.
Como sempre estou aberto aos sinais e oportunidades, acabei colocando minhas energias na Chilli Beans e foi a melhor decisão que tomei na vida. Já tive quebras no início da marca e hoje tenho orgulho de ter a marca de óculos mais consolidada da América Latina com mais de 865 pontos de venda no Brasil, sendo mais de 50 no exterior.
A Chilli Beans é uma marca em constante mudança. Quais os elementos que vocês observam para essa transformação?
Somos referência de marca inovadora, sempre nos preocupamos com a opinião do nosso público e oferecemos uma grande diversidade de produtos com design moderno, arrojado, que não se encontra em outras marcas e ainda a um preço justo. Fazemos parcerias com estilistas, músicos e artistas, no geral, nas coleções assinadas, além de ter algumas coleções licenciadas.
Todas fazem a cabeça dos nossos clientes e isso sempre vai fazer parte do DNA da Chilli Beans. Além disso, toda semana lançamos uma coleção nova com dez modelos entre óculos e relógios e uma temática por mês. É um modelo de negócio único que não é encontrado no mundo.
Qual o principal ingrediente do engajamento que a Chilli Beans consegue junto ao público?
Em primeiro lugar, respeito. Na Chilli Beans, não nos importamos com a sexualidade, religião, raça, corpo, gênero, ou qualquer característica que possa ser considerada preconceituosa. Desde a fundação, em 1997, fiz questão de dar oportunidade para todos os tipos de pessoas trabalharem junto com a gente, pois acredito e sempre vou acreditar no potencial do ser humano e isso se reflete no público.
Fico impressionado, emocionado e lisonjeado com o meu público. Já recebi mais de 300 fotos de pessoas que tatuam o logo da marca e isso é surreal. Além de milhões de mensagens de amantes da Chilli agradecendo pelo o que a marca representa pra eles. Isso não tem preço.
O 10º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios acontece nos dias 1 e 2 de outubro, no Teatro Santander, em São Paulo. Em nove edições, já recebeu mais de 9 mil executivos, dentre CEO’s, diretores e gerentes, de 2 mil empresas, incluindo as maiores redes de franquias e negócios do país.
Os debates serão conduzidos por lideranças de destaque como Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza; Marcelo Bertini, presidente do Cinemark; e Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels; entre outros.
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