A Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB) anunciou no último sábado (15) que os membros da categoria irão aderir à greve dos caminhoneiros e prestar total apoio à greve nacional dos petroleiros. A greve já dura mais de 15 dias e paralisou 114 unidades do sistema Petrobras. Em carta publicada no site da Sindipetro, os caminhoneiros também lançam campanha para avançar na luta contra a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras.
Segundo o presidente da ANTB, José Roberto Stringasci, a política de preços é um assunto que “precisa ser discutido com toda a sociedade. Isso porque todos os setores são afetados por causa dos altos preços dos combustíveis. E se nós temos o petróleo e a Petrobras, não é possível mais aceitarmos essa cobrança inadequada na bomba”.
Determinação da Justiça sobre a greve dos caminhoneiros
A Justiça Federal proibiu neste domingo (16), em caráter provisório, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam) de bloquear o acesso ao Porto de Santos na segunda-feira (17). A decisão estipula multa diária de R$ 200 mil caso haja descumprimento da medida. Caminhoneiros autônomos fizeram uma assembleia em Santos no sábado (15) anunciando a paralisação.
A decisão judicial, proferida pelo juiz Roberto da Silva Oliveira, afirma que o bloqueio causado pela greve dos caminhoneiros poderia inviabilizar ou atrapalhar uma operação da Codesp, agendada também para a segunda, que tem o objetivo de evitar uma possível proliferação do coronavírus “com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses”.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no entanto, não há motivo para preocupação, pois não há passageiros com contágio confirmado. Mesmo assim, a agência pretende, em conjunto com a vigilância epidemiológica de Santos, realizar uma avaliação clínica dos tripulantes do navio.
Reivindicação dos caminhoneiros
Alesandro Viviani, um dos líderes do Sindicam, publicou nas redes sociais no sábado um vídeo falando sobre um possível bloqueio ao porto durante a segunda-feira. Além disso, o movimento pede um piso mínimo para a tabela de fretes e a retirada do ICMS sobre o preço dos combustíveis. Outra reivindicação para a greve dos caminhoneiros é sobre as perdas de postos de trabalhos no porto de Santos, resultado de uma ação da Codesp.
De acordo com a Codesp, o Plano de Zoneamento e Desenvolvimento no porto de Santos busca um aumento de eficiência e racionalidade às operações.
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