Nesta manhã, o Mercado&Consumo em Alerta reuniu um time de especialista em meios de pagamento para discutir quais transformações o mercado terá pela frente. Entre os participantes estavam Pedro Coutinho, CEO da Getnet; Marcello Miranda, diretor de Produtos Fincanceiros da Pernambucanas Financiadora SA; Miguel Belli, gerente de Contas da ACI Worldwide e Antonio Soares, CEO da Conductor.
Segundo o executivo da Pernambucanas, o Brasil ainda tem um grande problema de informalidade quando o assunto é pagamento digital. Durante sua participação, Marcello Miranda explicou que a rede de varejo tem um ecossistema que sempre esteve ao lado do cliente, que hoje soma cerca de sete milhões espalhados pelo Brasil. Durante a pandemia, ele disse que as taxas de juros foram reduzidas e que aumentaram para 90 dias os prazos de pagamento. Para ele, “a volta de varejo, numa forma forte de concessão, não vai acontecer num tempo curto.”
Ele contou ainda que toda a questão que envolve o digital veio como meio para facilitar a vida do consumidor, mas que o ponto físico é fundamental, pois é nele que a Pernambucanas, por exemplo, consegue orientar seus clientes e colaboradores. “Os nossos consumidores são os nossos colaboradores. Todo time que trabalha nas lojas entende o cliente que entra, pois está inserido na mesma realidade dele”, explicou.
Sobre o PIX, Marcello acredita que a sua popularização vai depender do engajamento das grandes redes varejistas em promover esse novo meio de pagamento. “Para dar certo o varejo precisa ver o valor (do PIX). Se a gente não colocar o PIX na cara do gol para o nosso cliente mostrando que é fácil de usar, não adianta botar na prateleira novos produtos financeiros, pois a pessoa vai continuar usando dinheiro”, comentou.
“O varejo será o grande alavancador desse novo modelo de pagamento. Os bancos sozinhos não têm esse poder. Se tivermos posição clara mostrando que é fácil, simples, seguro e sem custo adicional para quem paga, não tenho dúvida de que será um grande sucesso. O varejo tem que estar muito envolvido, senão não vai acontecer na velocidade e com o tamanho que falamos aqui”, completou.
O executivo prevê também que o PIX tem potencial para abrir as portas do comércio eletrônico para consumidores que hoje não compram online por não terem cartão de crédito ou porque não querem se dirigir a uma lotérica ou banco para pagar um boleto.
Questionado sobre o futuro do dinheiro físico nas lojas, o executivo que revelou que essa não é uma realidade da Pernambucanas. Ele contou que toda tecnologia está ajudando a melhorar a experiência dos clientes, mas o dinheiro dentro das lojas continua aumentando. “Na pré-pandemia, 80% dos pagamentos eram efetuados com dinheiro físico, pois as classes C, D e E, que formam o nosso público, ainda usam muito o dinheiro. Já durante a pandemia, e todas as dificuldade de acesso, estamos meio a meio nessa frente”, e completou ao afirmar que o PIX pode, de fato, colaborar com a diminuição desta moeda circular.
Este webinar conta com o patrocínio da DocuSign, empresa pioneira no desenvolvimento da tecnologia de assinatura eletrônica e que hoje ajuda as organizações a se conectarem e automatizarem como preparam, assinam, agem e gerenciam seus contratos e também da ACI Universal Payments, empresa com solução única e universal que oferece pagamentos em tempo real corporativos e de varejo.
* Imagem reprodução