Balanço Mercado Livre: vendas apresentam alta de 101,5% no 2º trimestre

O Mercado Livre divulgou nesta segunda-feira (10) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2020, finalizado em 30 de junho. O volume de vendas (GMV) na plataforma voltou a acelerar, alcançando US$ 5 bilhões, o que representa um avanço de 48,5% em dólar e 101,5% em moeda constante.

“A pandemia motivou mudanças significativas no comportamento do consumidor, que se traduziram em um novo marco na penetração do comércio eletrônico e dos serviços financeiros digitais na América Latina. Continuamos a nos concentrar no bem-estar de nossas equipes e temos orgulho de informar que fomos capazes de fornecer nossos serviços de e-commerce e fintech de maneira ininterrupta ao longo do segundo trimestre, ajudando milhões de vendedores e compradores a realizar transações com segurança, afirmou Stelleo Tolda, COO e vice-presidente executivo do Mercado Livre para a América Latina.

A empresa ressalta que mais de 90% dos 11 mil funcionários da empresa na América Latina seguiram trabalhando em regime de home office, com exceção das equipes de logística, que continuam atuando in loco, porém, sob rígidas normas de prevenção e segurança em todos os centros de distribuição da companhia.

Entre abril e junho, o número de usuários únicos ativos atingiu os 51,5 milhões, em um crescimento de 45,2%. Foram vendidos no marketplace do Mercado Livre 178,5 milhões de itens, alta de 101,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda segundo a empresa, o volume de vendas via dispositivos móveis, considerando acesso via app ou site, cresceu 272,8% ano a ano em moeda constante, alcançando 69,4% do GMV total.

Mesmo diante do desafio adicional da gestão logística no período, com aumento significativo nos volumes transacionados, Mercado Envios conseguiu enviar 157,5 milhões de itens durante o trimestre, representando um crescimento de 124,2% em relação ao ano anterior.

R$ 11 bilhões no Mercado Pago

O volume total de pagamentos com Mercado Pago alcançou US$ 11,2 bilhões, um aumento ano a ano de 72,1% em dólar e 142,1% em moeda constante. O total de transações cresceu 122,9% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 404,8 milhões de transações no trimestre.

A área de Pagamentos Online teve um forte desempenho, alavancado pelo avanço do consumo do comércio eletrônico, acelerando 163,9% em moeda constante, segundo a empresa.

Em termos consolidados, o volume total de pagamentos processados pelas maquininhas de cartão Point cresceu 80,1% em moeda constante na comparação com o segundo trimestre de 2019. O ritmo de vendas de dispositivos continuou a subir, atingindo um marco neste trimestre, superando a marca de 1 milhão na América Latina.

As transações realizadas na conta Mercado Pago atingiram os US$ 2,1 bilhões em uma base consolidada, o que implica um crescimento de 373,2% ano a ano, em moeda constante.

A base de pagadores ativos da carteira cresceu 109,3% em relação ao segundo trimestre de 2019, chegando a 9,5 milhões de pagadores únicos durante o período reportado. O volume total de pagamentos processados pela carteira digital continua a crescer a taxas de três dígitos ano a ano na Argentina, Brasil e México.

“A missão do Mercado Livre é democratizar o comércio e o dinheiro. Mas no centro da missão há um objetivo maior: uma tentativa de unir as pessoas. Com tantas empresas afetadas, temos a oportunidade única de conectar e colaborar com milhões de empreendedores latino-americanos. Nossa missão nunca foi tão relevante e nunca nos sentimos mais determinados a seguir adiante”, comentou Stelleo.

Aumento na receita do Mercado Livre

A receita líquida no segundo trimestre cresceu para US$ 878,4 milhões, um aumento ano a ano de 61,1% em dólar e 123,4% em moeda constante. A operação no Brasil representa 53% da receita líquida total da companhia, tendo alcançado US$ 465,3 milhões, crescimento de 36,5% em dólar e 87,4% em real, ano contra ano.

As receitas de e-commerce aumentaram 79,5% em relação ao ano anterior em US$ 581,7 milhões, enquanto as receitas do negócio fintech aumentaram 34,1% em relação ao ano anterior em US$ 296,7 milhões.

O lucro bruto foi de US$ 427,2 milhões com uma margem de 48,6%, comparada aos 50% obtidos no segundo trimestre de 2019. Já o lucro líquido antes dos impostos foi de US$ 89,3 milhões, contra uma perda líquida de US$ 16,7 milhões no primeiro trimestre de 2020. De acordo com o Mercado Livre, o lucro líquido foi de US$ 55,9 milhões, resultando em lucro líquido por ação de US$ 1,11.

* Imagem reprodução

Redação

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