O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referente ao segundo trimestre de 2020. O período abril-junho foi o momento onde tivemos as primeiras regulamentações governamentais sobre programas de manutenção de emprego e amparo às pessoas em situação vulnerável. Também tivemos nesse período, o estabelecimento das regras mais duras de isolamento social no território brasileiro, impactando fortemente na economia nacional com as restrições de funcionamento dos estabelecimentos comerciais de varejo.
Como já era de se esperar, a taxa de desocupação subiu 1,1 ponto percentual sobre o resultado fechado no primeiro trimestre desse ano. O fechamento do segundo trimestre em 13,3% significa crescimento de 9% na taxa de desocupação. Um outro número apresentado pela Pesquisa é o número de pessoas desocupadas, 12,8 Milhões. O Comércio foi a área mais impactada com 2,1 Milhões de pessoas perdendo seus postos de trabalho.
Também foram apresentados os números sobre a população desalentada (pessoas que desistiram de procurar emprego). Foram 913 mil pessoas entrando nessa estatística, em relação ao primeiro trimestre do ano. Alcançamos o novo recorde com 5,7 Milhões de pessoas na população desalentada. É importante ressaltar que o medo de se contaminar com COVID-19 e a necessidade de cuidar dos filhos afastados da escola influenciam na decisão de não buscar um emprego nesse momento.
Por outro lado, vale registrar que tivemos esforços nas esferas governamentais e privadas para que o número do desemprego brasileiro não fosse ainda mais dramático. Também podemos evidenciar que a atividade econômica começa a demonstrar sinais de melhoria e, por menores que sejam, estamos começando a reabrir as portas das empresas. Há anos já sabemos que o caminho para a recuperação econômica é a geração de empregos.
Será que devemos esperar por um protagonista, líder nacional do processo de retomada da economia? Agora é a hora de puxar a responsabilidade para si e “Fazer Acontecer”! É hora de olhar para o espelho e se perguntar: Qual meu papel nessa retomada? O que posso fazer para ajudar alguém a conquistar uma nova oportunidade de trabalho?
A pior postura é ficar debaixo da coberta, esperando passivamente por alguém agir… pensar que o outro é responsável por tudo. Se você não está na estatística do desemprego, tem o dever de aumentar seu empenho para conseguir melhores resultados em produtividade e, assim, potencializar a geração de emprego na empresa em que trabalha e contribuir para retomada da economia com a redução do desemprego. O empresariado também tem importante papel nesse cenário e, diante de uma onda cada vez maior de ações solidárias, se engajar em um propósito voltado à geração de emprego ou a melhoria da qualificação profissional da força de trabalho desocupada no momento!
Falando em qualificação… as pessoas que estão buscando novas oportunidades também têm que se mexer! Há anos escutamos que nossa força de trabalho é pouco qualificada e que há posições que deixam de ser preenchidas por não localizarem pessoas com qualificação mínima para o cargo. Quem quer, faz acontecer e encontra cursos gratuitos, assiste vídeos, lê livros… se desenvolve… corre atrás da qualificação mínima exigida pelo mercado.
O protagonismo dessa história de sucesso, que vamos escrever após o pior trimestre da história desse país, é meu, é seu, é de quem quiser! Faça Acontecer!
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