O número de consumidores que afirmam pagar com frequência usando dispositivos móveis subiu 32% após início da crise do coronavírus, e 96% dos consumidores com uma carteira digital instalada pretendem seguir ou começar a utilizar o contactless após o fim da pandemia, segundo estudo feito pelo Capterra.
A aposta de que a pandemia do coronavírus daria um impulso na digitalização tanto das empresas como dos consumidores parece estar se concretizando. O estudo ouviu 1.002 entrevistados de todas as regiões do país entre os dias 14 e 21 de julho.
Segundo a pesquisa, 46% dos que tinham esses apps instalados afirmavam pagar regularmente produtos ou serviços usando tais aplicativos antes da crise, contra 61% desde que a pandemia iniciou.
Já o número daqueles que possuem carteira digital e dizem não utilizá-la caiu 72% na comparação do período anterior à crise com o atual (de 18% para 5% dos entrevistados, respectivamente).
A questão sanitária foi fundamental nesse período: 28% dos consumidores que usam carteiras digitais apontam o pagamento 100% sem contato como a maior vantagem desses aplicativos, atrás apenas dos que consideram mais seguro pagar com carteiras digitais do que com cartão de crédito (29%).
Dinheiro físico perde espaço na pandemia
Além de traçar um panorama sobre os pagamentos com celular, o Capterra comparou a preferência do consumidor por transações em dinheiro físico com outros meios de pagamento, como cartões (também incluindo o contactless).
Segundo a pesquisa, somente 18% do total de entrevistados afirmam preferir pagar usando notas e moedas. Entre o restante, 22% dizem preferir cartões de crédito, 32%, cartões de débito, 23%, carteiras digitais, 1%, relógios inteligentes e 4% afirmam não ter preferência.
Entre os entrevistados com rendas mais altas (de 7 a 15 salários mínimos), a preferência pelas carteiras digitais alcança os 40%.
Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados afirmam ser mais provável comprar de estabelecimentos que aceitam pagamentos sem dinheiro físico do que daqueles que não. Além disso, 67% dizem que se sentiriam confortáveis vivendo em uma sociedade sem dinheiro físico.
“Como mostram os dados, a adaptação dos negócios aos novos métodos e hábitos de pagamento, com o impulso extra trazido pelo coronavírus, pode representar uma questão de sobrevivência para muitos negócios tanto no curto como no longo prazo”, comenta Lucca Rossi, analista responsável pelo estudo.
Com informações do portal E-Commerce Brasil.
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